Publicidade

Home » Medicamentos » Carbamazepina

Carbamazepina

Resumo

Carbamazepina: Medicamento anticonvulsivante, utilizado principalmente em casos de epilepsia, mas também é utilizado em doenças neurológicas, distúrbio bipolar, dores crônicas devido a problema nos nervos e síndrome da perna inquieta.

Publicidade

Carbamazepina

Sobre a molécula

Nome químico: 5H-Dibenzo[b,f]azepina-5-carboxamida

Nomes da molécula: Carbamazepina

Nomes comerciais: Carbamazepina (G), Carmazin (S)Tegretard (S),  Tegretol®, Tegretol® Cr, Tegrezin (S), Tegrex (S), Uni Carbamaz (S).

Classe: dibenzazepino.

Dose

– Adulto: dose máxima 1600 mg/dia.

– Crianças 6 a 12 anos: dose máxima 1000 mg/dia.

– Crianças < 6 anos: dose máxima 35 mg/kg/dia.

Posologia

– Adulto: 800 – 1200 mg/dia divididas em 3 administrações (posologia usual).

– Crianças 6 a 12 anos: 400 – 800 mg/dia divididas em 2 a 4 administrações (posologia usual).

– Crianças < 6 anos: 10 – 20 mg/kg/dia divididas em 3 a 4 administrações (posologia usual)

Pessoas com comprometimento renal necessitam de ajuste de dose.

Nota: A posologia irá depender da doença tratada e da forma farmacêutica (comprimido, comprimido de liberação prolongada, suspensão) utilizada. Não utilize este medicamento sem o conhecimento e indicação de um médico.

Indicações

Carbamazepina

– Crises convulsivas (epilepsia)

– Doenças neurológicas

– Depressão, distúrbio bipolar

– Alguns casos de doenças nos nervos que causam muita dor, neuropatia diabética.

– Síndrome de abstinência alcoólica.

– Síndrome das pernas inquietas

Efeitos

Anticonvulsivante, anticolinérgico, antineurálgico, antidiurético, miorrelaxante, antimaníaco, antidepressivo e antiarrítmico.

Efeitos adversos

– Sérios: problemas com contagem das células sanguíneas, problemas cardiovasculares , problemas dermatológicos (Stevens-Johnson, necrose), hepatite, agravamento do lúpus, nefrotoxicidade e angioedema.

Carbamazepina

– Mais comuns: vermelhidão (asiáticos e descendentes asiáticos são mais propensos), reações alérgicas na pele, perda de coordenação motora, náuseas, vômitos, tontura, sonolência, instabilidade de humor, ganho de peso e boca seca.

Fale com seu médico caso desconfie de qualquer efeito adverso.

Contra-indicações

Este medicamento é contra-indicado em casos de alergia à carbamazepina ou algum componente do medicamento, doença na medula óssea, doença grave do coração, porfiria hepática (distúrbio na produção de porfirina).

Além de não ser indicado para pessoas que estejam tomando ou tenham tomado em menos de 14 dias, antidepressivos inibidores da monoamino-oxidase (IMAOs).

Interações medicamentosas

– Hormônios contraceptivos (anticoncepcionais): risco de alteração no ciclo menstrual e diminuição do efeito contraceptivo.

– Clorgilina, iproniazida, nefazodona, selegilina, toloxatone, tranilcipromina, voriconazol.

– Paracetamol, a carbamazepina pode aumentar o efeito hepatotóxico do paracetamol.

Gravidez e lactação

A carbamazepina não deve ser utilizada durante a gravidez sem o conhecimento e orientação médica, pois pode causar riscos ao bebê. Em alguns casos o médico pode decidir que é necessária a administração do medicamento mesmo durante a gravidez.

A carbamazepina passa para o leite materno e pode prejudicar a criança, no entanto em alguns casos  (analisados por médicos) é necessário a utilização, nestes casos o médico irá acompanhar os possíveis eventos adversos no bebê (como por exemplo, muita sonolência).

Apresentações farmacêuticas

– Cápsula

– Comprimidos convencionais: 200 e 400mg

– Comprimidos de liberação prolongada: 200 e 400mg

– Suspensão oral: 20mg/mL – frasco com 100 mL

Dicas

Caso tenha perdido uma dose:

Tome a dose perdida assim que possível, caso seja perto da próxima dose, pule a dose perdida e volte aos horários das doses normalmente. Não tome 2 doses ao mesmo tempo ou doses extras. Não mude a dose ou pare de tomar o medicamento.

Para obter um melhor efeito:

– Tome o medicamento como lhe foi indicado pelo médico, mesmo se estiver se sentindo melhor.

– Geralmente a carbamazepina é tomada em 2 ou mais doses por dia.

– Não consuma bebidas alcoólicas enquanto estiver em tratamento com a carbamazepina.

– Se necessário, os comprimidos podem ser quebrados ao meio, mas não mastigados.

– Agite a suspensão antes de tomar e tome com intervalo de 2 horas de outros medicamentos líquidos.

– Pode ser tomado durante ou após as refeições. Caso tenha desconforto gástrico, prefira tomar após as refeições.

– Não se deve parar de tomar a carbamazepina abruptamente, a retirada deve ser gradual.

– Não interrompa o tratamento sem o consentimento médico.

– Preste atenção para não ficar sem o medicamento.

– Evite comer toranja ou tomar suco de toranja.

Atenção:

– Você pode ficar mais sensível aos raios solares, podendo ter uma queimadura solar mais facilmente. Utilize protetor solar e não fique exposto ao sol por longos períodos.

Carbamazepina

– Pílulas anticoncepcionais ou outros contraceptivos hormonais podem ter sua eficácia diminuída. Utilize outro meio de contracepção enquanto estiver utilizando a carbamazepina.

– Verifique as leis a respeito de dirigir com problemas de convulsão.

– Converse com seu médico se você tiver problemas nos rins, fígado, coração ou doença sanguínea.

– Faça exames de sangue frequentemente, converse com seu médico.

– Capsulas de liberação prolongada podem ser abertas e misturadas com alimentos. Não mastigar ou macerar os grânulos.

– Comprimidos convencionais podem ser quebrados e macerados, mas não mastigados.

– Comprimidos de liberação prolongada não devem ser ingeridos se danificados, portanto não devem ser partidos.

Perguntas e Respostas

“ A paciente usa carbamazepina (hidantal) e começou ingerir orlistat (xenical) três vezes ao dia, depois do oitavo dia, ela começou ter crises convulsivas, seria a crise devido ao uso do orlistat?”

Resposta do farmacêutico (por Adriana Sumi)

CarbamazepinaO orlistat pode diminuir a concentração sérica de anticonvulsivos, como por exemplo a carbamazepina, assim é possível que a paciente apresente episódios de convulsão quando iniciado o tratamento com Orlistat em conjunto com a carbamazepina. Portanto o uso do orlistat em pacientes que já fazem tratamento com anticonvulsivos deve ser feito somente com avaliação médica e com monitoramento da resposta da paciente ao anticonvulsivo.
O mecanismo para essa interação específica não é claro, mas devido ao potencial do orlistat em alterar a absorção de compostos lipossolúveis, é possível que este medicamento altere a absorção de pelo menos alguns medicamentos anticonvulsivos. Um pequeno estudo avaliou o efeito da terapia com orlistat (por 8 semanas) em pacientes que utilizam drogas psicotrópicas em 8 pacientes, não foi observado nenhuma mudança na concentração da carbamazepina. No entanto, vale ressaltar que este estudo foi realizado com um número pequeno de pacientes, e não garante a segurança da utilização desses dois medicamentos concomitantemente.

Observação da redação: este artigo foi modificado em 08.10.2015

Publicidade