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Alzheimer

Resumo sobre a doença de Alzheimer

A doença ou mal de Alzheimer é uma doença crônica que atinge, principalmente, a população idosa. Trata-se de uma forma de demência que afeta a memória, as funções congnitivas e capacidades de realizações de tarefas dos seus portadores. Os sintomas da doença evoluem progressivamente. Caracteriza-se por uma perda de neurônios colinérgicos, o que reduz o número de conexões cerebrais. Estima-se que cerca de 1,2 milhões de pacientes no Brasil possuam a doença, com o aparecimento de 100 mil novos casos por ano. Os indivíduos mais afetados são idosos, entretanto há uma forma que atinge pessoas com idade inferior a 65 anos, conhecida como Alzheimer precoce ou familiar.

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Embora as causas ainda não sejam bem conhecidas, atribui-se a fatores genéticos, ambientais e estilo de vida os desencadeadores da doença de Alzheimer. Certamente a idade é o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença, entretanto outras variáveis podem contribuir para o seu aparecimento como o tabagismo, história familiar de Alzheimer e diabetes.  Junk food (comida lixo) muito rica em açúcares rápidos e gorduras saturadas, é cada vez mais colocada na questão por estudiosos, alguns falam até em diabetes tipo 3 para caracterizar a doença de Alzheimer

Os sintomas iniciais incluem perda de memória. À medida que a doença evolui, outras habilidades do paciente ficam comprometidas, como a capacidade de fazer julgamentos e raciocínio, orientação espacial e equilíbrio.

O diagnóstico é realizado por neurologistas através de diversos exames do status mental, neuropsicológicos e exames de imagem. Complicações incluem o aumento da incidência de quedas e de doenças infecciosas do trato respiratório.

Os tratamentos atuais se baseiam no uso de inibidores de acetilcolinesterase (galantamina, donepezila e rivastigmina) e antagonista do receptor NMDA (memantina). Suplementos alimentares (como vitamina B e vitamina E) e extratos de plantas medicinais (como huperizina A) podem ajudar na deterioração das funções mentais.

É importante que o cuidador do paciente com Alzheimer tenha consciência que essa é uma doença grave e que o doente necessitará de sua total ajuda. Estabelecer um ambiente agradável e seguro, fornecer alimentação adequada, estimular o paciente a praticar exercícios e dar regularmente os medicamentos são práticas que melhoram o quadro geral do paciente. Algumas medidas preventivas como o abandono do tabagismo, prática regular de exercícios físicos e uma dieta saudável podem se mostrar benéficas.

Definição

O Alzheimer é uma doença crônica cada vez mais freqüente entre a populção. Trata-se de uma doença que afeta a memória e as faculdades mentais em geral, eque evolui de maneira progressiva e irreversível, devido a uma degeneração do tecido cerebral, queleva a pessoa a um estado de demência. A doença de Alzheimer pertence às demências, um grupo doença que leva a uma perda de capacidades intelectuais e sociais. O Alzheimer é de longe a demência mais frequente.

O mal deAlzheimer, na sua forma mais freqüente, apareceem geralpor volta de 60-70 anos e nem sempre é diagnosticado. Uma forma mais rara da doença, que também é conhecida como forma familiar ou precoce, ocorre antes dos 65 anos, e como o seu nome, indica um composto heredítário (genético) muito acentuado. Grande proporção das pessoas com a forma precoce apresenta alterações em três genes: APP, PSEN1 e PSEN2.

Ressaltamos que com o envelhecimento da população no Ocidente (Europa, América) e no Japão, a doença tende a atingir cada vez mais pessoas e pode trazer problemas reais de recursos financeiros e mão de obra nos países.

Breve histórico sobre a origem do nome Alzheimer

O mal de Alzheimer deve seu nome ao médico que o descobriu em 1906, o Dr Aloïs Alzheimer.

Epidemiologia

– Nos Estados Unidos mais de 5 milhões de pessoas sofrem com a Doença de Alzheimer (fonte: CBSNews, 23 de novembro de 2016)
Nos Estados Unidos a Doença de Alzheimer é a sexta principal causa de morte, de acordo com o National Institute of Health (NIH).

– A doença de Alzheimer e desordens relacionadas afetaram cerca de 44 milhões de pessoas em todo o mundo em 2014 e este número “vai dobrar a cada 20 anos”, de acordo com um relatório da OMS de 2012.

Por faixa etária

– Estima-se que depois dos 65 anos, entre 1 e 6% da população sofram de Alzheimer. Na Europa, o percentual é de cerca de 4%. Com um aumento de mais de 150.000 casos por ano, só na França.

– Depois dos 85 anos, estima-se 10% a 30% (dependendo das fontes), pessoas sofram com a doença de Alzheimer.

– Aos 95 anos, cerca de 50% das mulheres são afetadas pela doença de Alzheimer e cerca de 32% dos homens.

Por sexo

– A partir dos 70 anos as mulheres são mais afetadas que os homens por esta doença. Estima-se que na idade de cerca de 70 anos, aproximadamente 4% das mulheres sofrem da doença de Alzheimer e cerca de 3% dos homens. Aos 95 anos, conforme vimos acima na seção por faixa etária, quase uma em cada duas mulheres sofre de Alzheimer, contra um em cada três homens.
Uma razão que explica o fato das mulheres sofrerem mais de Alzheimer do que os homens, seria simplesmente porque elas vivem mais tempo.

– Entre 65 e 69 anos, os homens são ligeiramente mais afetados do que as mulheres por esta doença (2% para os homens e 1,4% para mulheres). [Fonte: revista Science & Vie, edição de fevereiro de 2014]

Causas

As causas do mal de Alzheimer ainda não são totalmente conhecidas.

No entanto, é bem provável que o Alzheimer tenha uma origem genética (hereditária). Determinadas pessoas portadoras de um gene específico têm uma probabilidade maior em adquirir a doença. Além disso, cientistas acreditam que fatores ambientais e o estilo de vida podem contribuir para o aparecimento da doença.

Embora as causas da doença ainda necessitem de elucidação, suas causas no cérebro são bem determinadas. A doença de Alzheimer causa morte de neurônios cerebrais, reduzindo a quantidade de conexões existentes. Análises do cérebro de pacientes com doença de Alzheimer revelam 2 tipos de anormalidades importantes:

– Placas de proteína beta-amilóide, que ocasiona morte neuronal.

– Emaranhados de proteína tau. Essa proteína forma fibrilas anormais que levam a falhas nos sistemas de transportes de nutrientes, resultando em morte celular.

– Segundo um estudo do Instituto de pesquisa Karolinska, de Estocolmo, publicado em novembro de 2008, uma dieta rica em açúcar, gordura e colesterol, encontrada, por exemplo, na comida fast-food, pode favorecer o desenvolvimento do mal de Alzheimer.

– Um estudo publicado em outubro de 2010 por pesquisadores finlandeses demonstrou que em fumantes (que fumam muito especialmente entre os 50 e 60 anos), o risco de desenvolver doença de Alzheimer foi o dobro.

– Em julho de 2011 um estudo realizado nos EUA mostrou que a lesão cerebral traumática pode ser uma causa da doença de Alzheimer, note que, estes resultados são preliminares. As lesões cerebrais podem ser observadas em veteranos e ex-jogadores de futebol.

– O uso prolongado, por mais de 3 meses, de certos soníferos e medicamentos contra a ansiedade, da família dos benzodiazepínicos, podem aumentar significativamente o risco de desenvolver a doença de Alzheimer, de acordo com um estudo publicado em setembro de 2014. O aumento no risco de desenvolver a doença pode chegar até 51%.

Pesquisadores descobriram cinco novos genes envolvidos no aparecimento da doença de Alzheimer. Essa importante descoberta ajuda a identificar as pessoas com maior risco de ter a doença.

Origem ou influência infecciosa da doença de Alzheimer
– Um estudo publicado em junho de 2018 vai no sentido de uma origem ou uma influência infecciosa, particularmente viral, para explicar a doença de Alzheimer. De fato, uma equipe de renomados pesquisadores, sob a direção do Sistema de Saúde Monte Sinai de Nova Iorque – New York’s Mount Sinai Health System, de Nova Iorque, descobriu que vários vírus podem estar envolvidos no desenvolvimento da doença de Alzheimer e, em particular, dois tipos de herpes vírus (HHV6a e HHV7), muito comuns. Esses vírus infectam a maioria das pessoas durante a infância. Este estudo analisou amostras de quase 950 cérebros de pessoas que morreram. Mas os autores do estudo observam que os vírus não são necessariamente a causa da doença de Alzheimer, mas desencadeiam uma resposta imune que pode levar ao acúmulo de placas encontradas no cérebro dos pacientes. Em outras palavras, os pesquisadores ainda não sabem se os vírus são a causa ou a consequência da doença de Alzheimer. Uma conclusão interessante deste estudo é que o cérebro não é um lugar estéril, pois há vírus. Este estudo foi publicado em 21 de junho de 2018 na revista científica Neuron (DOI: 10.1016/j.neuron.2018.05.023).
Este não é o primeiro estudo que mostra uma influência de agentes infecciosos no desenvolvimento da doença de Alzheimer, outros estudos concentraram-se em bactérias e parasitas.

Fatores de risco
Pra resumir (ver também a prevenção da doença de Alzheimer) para um estudo realizado nos EUA publicado em julho de 2011 mostrou que esses sete fatores de risco abaixo poderiam significativamente promover o desenvolvimento da doença de Alzheimer: baixo nível de instrução (em 19% dos casos), tabagismo (14%), inatividade física (13%), depressão (11%), hipertensão (5%), obesidade (2%) e diabetes (2%).Veja também em risco de Alzheimer.

Ler também: Descoberta de um gene que duplica o risco entre os negros

Alzheimer e diabetes

A doença de Alzheimer pode resultar em uma resistência à insulina no cérebro. Ou seja, na doença de Alzheimer, o cérebro é incapaz de assimilar inteiramente a glicose. Alguns especialistas falam em diabetes tipo 3 ou diabetes cerebral para caracterizar a doença de Alzheimer. Uma experiência americana realizada em ratos mostrou que o junk food, isto é, o consumo excessivo de alimentos açucarados e com ácidos graxos saturados, provocou importante destruição do cérebro. Essa hipótese ainda é controversa, mas está cada vez mais em pauta pelos cientistas. Os pesquisadores pensam em novas formas de tratar a doença de Alzheimer, a administração de insulina no tecido cerebral pode ser uma.

Grupos de risco

As pessoas que têm uma probabilidade maior de desenvolver o mal de Alzheimer são:

Grupos de risco Alzheimer- as pessoas com mais de 65 anos.

– As pessoas que têm antecedente familiar de Alzheimer, já que a doença tem um forte composto hereditário.

– As pessoas que sofrem de depressão. Esta doença psíquica pode acelerar os sintomas do Mal de Alzheimer.

– Os diabéticos ou pré-diabéticos (segundo estudos de 2007, o diabetes aumentaria em cerca de 75% o risco de desenvolver o Alzheimer).

– As pessoas com um nível de estudo relativamente baixo.

– As pessoas que se alimentam mal.

– Mulheres podem apresentar mais risco de desenvolver a doença, em parte porque vivem mais que os homens.

– Fumantes (especialmente entre os 50 e 60 anos, o risco de desenvolver Alzheimer, segundo um estudo a ser publicado em outubro de 2010 duplicou)

Alguns estudos indicam que os mesmos fatores para desenvolvimento de doenças cardíacas contribuem para o aparecimento da doença de Alzheimer. Esses fatores incluem:

– Alto colesterol

– Pressão arterial elevada

– Sedentarismo e falta de exercícios

– Diabetes não controlada

Esses fatores podem estar ligados à demência vascular, condição que comumente aparece associada à doença de Alzheimer.

Sintomas

O mal de Alzheimer evolui através de diferentes estágios e dificulta o seu diagnóstico, principalmente no início. No entanto, um dos problemas recorrentes é a perda de memória. Todas as pessoas, com a idade, podem esquecer algumas palavras ou acontecimentos, mas no Alzheimer,há o esquecimento de palavras simples (como “casa”), há o esquecimento de acontecimentos recentes, há perda do senso de direção, há o esquecimento de cheiros conhecidos (como o do limão, por exemplo). Somente um médico, através de exames e análises, poderá confirmar se se trata apenas de simples esquecimentos ou de Mal de Alzheimer.

Sintomas Alzheimer

À medida que a doença progride, o paciente vai perdendo outras capacidades cognitivas, apresentando dificuldades em:

– Orientação espacial

– Capacidade de falar e escrever

– Capacidade de pensar e raciocinal

– Capacidade de fazer julgamentos e tomar decisões

– Capacidade de planejamento e realização de tarefas domésticas

– Mudanças de personalidade e comportamento. Nesse caso, o paciente pode apresentar depressão, ansiedade, embotamento social, oscilações de humor, comportamento teimoso, irritabilidade, mudanças no padrão de sono, vagar de um lugar ao outro sem direção e agressividade.

Os pacientes com Alzheimer sofrem também de distúrbios psíquicos, como conseqüência da doença. Não conseguir se lembrar de algo simples pode ser muito angustiante e favorece também a depressão, pois uma pessoa que sofre de Alzheimer tem momentos de lucidez e pode ter um olhar crítico sobre o seu estado. Sendo assim, os familiares e as pessoas de seu entorno devem ser complacentespara ajudar e apoiar o doente.

– Dificuldade em saber qual é o dia, estação ou ano.

A vida de uma pessoa que sofre de Alzheimer

Nos Estados Unidos, estima-se que um paciente vive em média 8 anos após os sinais dos primeiros sintomas da doença (por ex. perda de memória). Durante esses 8 anos, em média, o paciente perde progressivamente sua memória e torna-se, no final, incapaz de realizar algumas tarefas simples.

Diagnóstico

O diagnóstico do mal de Alzheimer ésempre feito por um médico. Ressaltamos que é muito importante que a doença seja diagnosticada o mais cedo possível, para que os tratamentos medicamentosostenham o melhor efeito.

O médico poderá fazer exames físicos e neurológicos no paciente. Nesse caso, exames de reflexo, medida do tônus muscular, coordenação e equilíbrio são indicativos da situação do paciente.

Testes para avaliar o status mental também são empregados. Esses exames envolvem diversos tipos de testes aplicados ao paciente pelo médico. Algumas das atividades requeridas são:

– Desenhar um relógio com os ponteiros indicando uma hora especifica;

– Indicar qual a data correta do dia;

– Seguir três comandos distintos;

– Lembrar e repetir três palavras ditas pelo examinador;

– Contar de trás para frente a partir do 100, subtraindo 7.

O status mental do paciente também pode ser avaliado por exames neuropsicológicos mais detalhados que lançam mão de formulários mais extensos. Esses testes ajudam o médico a estabelecer em qual nível da doença de Alzheimer o paciente se encontra – um estágio inicial ou avançado – e também auxiliam a diagnosticar corretamente qual o tipo de demência associada aos sintomas apresentados.

Testes de imagem estão cada vez mais sendo usados pelos médicos como uma ferramenta para verificar condições que podem estar relacionadas com o mal de Alzheimer, como AVCs, tumores e traumas. Além disso, imagens permitem que mudanças cerebrais causadas pelo Alzheimer tornem-se visíveis. Dentre os testes, podemos destacar:

– Tomografia Computadorizada;

– Imagem por Ressonância Magnética;

– Tomografia por Emissão de Pósitrons.

Tentativas têm sido desenvolvidas com a finalidade de se identificar a doença de Alzheimer antes dos sintomas serem aparentes. Nesse sentido, linhas de pesquisa têm se concentrado na identificação de proteínas marcadoras da doença. Testes mentais mais específicos e sensíveis também são uma alternativa viável. Além disso, testes de imagem cerebral mais acurados podem ajudar a diagnosticar a doença previamente.

Observe também um novo estudo publicado em julho de 2011 que mostra que a queda de um idoso que não é de outra maneira predisposto a cair, pode ser uma dica para uma avaliação diagnóstica para a doença de Alzheimer. [Fonte: Conferência Internacional sobre Alzheimer (AAIC)].

O médico pode também realizar uma punção lombar, a fim de dosar a beta- amiloide (molécula importante para o desenvolvimento da doença), um peptídeo de 40 a 42 aminoácidos.

Olfato e doença de Alzheimer
As perdas olfativas são frequentemente um sinal precoce da doença de Alzheimer. Por exemplo, uma pessoa com essa demência pode ser incapaz de identificar um cheiro de gasolina ou limão. Por mais de 30 anos, os cientistas exploraram as conexões entre a perda de memória e a dificuldade dos pacientes com Alzheimer na identificação de diferentes odores. No nível fisiológico, os cientistas observaram que o bulbo olfativo que está envolvido no sentido do olfato e o córtex entorrinal, envolvido na memória e nomeação de odores, estão entre as primeiras estruturas do cérebro a serem afetadas pela doença de Alzheimer. Um teste reconhecimento de odor parece ser uma boa maneira de identificar a doença precocemente antes da aparição de sintomas mais típicos, como a perda de memória. Este é um teste particularmente útil para pessoas em risco que possuem casos de Alzheimer na família.

Complicações

O mal de Alzheimer é uma doença para a qual ainda não há cura disponível, no entanto, é possível desacelerar a sua evolução através de tratamentos medicamentosos. O Alzheimer pode, portanto,em vários casos, levar à morte após muitos anos,ou pode também desencadear sérias complicações psiquiatrícas como a depressão, a esquizofrenia, ansiedade, angústia, dentre outras. A perda de peso de 10% também tem sido relatada.

Com a evolução da doença, capacidades cognitivas do paciente ficam prejudicadas e cada vez mais o paciente pode se tornar dependente do cuidador. Com isso, funções como equilíbrio, capacidade de engolir e deglutir e controle de músculos lisos, com bexiga e intestinos, ficam prejudicados. O paciente torna-se mais vulnerável a algumas doenças infecciosas, como pneumonia e infecções do trato respiratório, uma vez que a capacidade de deglutição está comprometida. A perda do controle da bexiga pode levar à necessidade de implantação de um cateter para coletar a urina e isso também aumenta o risco de infecções do trato urinário.

A perda do equilíbrio e do tônus dos músculos esqueléticos pode levar o paciente a sofrer quedas que causam sérios danos à saúde.

Como podemos perceber, trata-se de uma doença grave, mas que está sendo levada cada vez mais à sério pelos laboratórios farmacêuticos (pesquisa de novos medicamentos), pelas autoridades políticas e pelos médicos.Isso possibilita um pouco de otimismo e confiança frente a esta “doença do século”.

Quando consultar um médico em caso de problema de memória?

Como vimos anteriormente, o Alzheimer é uma doença grave que necessita  em todos os casos de uma consulta médica. Somente um médico poderá efetuar um diagnóstico exato desta patologia.

Todas as pessoas devem a partir de uma determinada idade consultar regularmente um médico para um check-up completo, mas se você perceber algum sinal de desorientação, de esquecimentos freqüentes para palavras simples (casa, rua, comer, etc.), consulte rapidamente um médico e abitue-se a frequentá-lo com uma periodicidade maior.

Tratamentos

Antes de detalhar os medicamentos que existem paratratar a doença de Alzheimer, destacamosalguns pontos importantes sobre a terapia medicamentosa:

Tratamentos medicamentosos Alzheimer

– É importante iniciar um tratamento medicamentoso o mais cedo possível, por isso énecessárioum acompanhamento médico regular.

– Atualmente, os medicamentos não tratam a causa, mas apaziguam os sintomas e retardam odesenvolvimento da doença, e em determinados casos a limitam fortemente.

– Os medicamentos não funcionam para todos os doentes,alguns podem sentir um efeito positivo e outros podem não sentir nenhuma diferença.

Aqui estão os principais medicamentos utilizados para tratar o mal deAlzheimer, todos eles podem ser comprados através de prescrição médica:

Inibidores da colinesterase
– à base de donepezil
– à base de galantamina
– à base galantamina
Antagonistas do receptor NMDA
– à base de memantina

Observaçã a combinação de dois tratamentos (por ex. memantina e donepezil), emalguns casos,aumenta a eficácia do tratamento.

Em caso de sintomas psícquicos, o médico poderátambém prescrever antidepressivos, ansiolíticos ouneurolépticos.

Novos tratamentos
Em 23 de novembro de 2016, o laboratório farmacêutico norte-americano Eli Lilly comunicou que a molécula sobre a qual eles trabalhavam para lutar contra a doença de Alzheimer, o solanezumab, não apresentou resultados satisfatórios. Em um estudo clínico, a molécula foi notavelmente incapaz de retardar o declínio cognitivo em pessoas que sofrem este tipo de demência. O solanezumab era uma grande esperança da indústria farmacêutica de enfim encontrar um medicamento eficaz.

Alternativa Alzheimer

Alguns tratamentos naturais podem melhorar ligeiramente o quadro do paciente ou até mesmo prevenir contra o Mal de Alzheimer.

Plantas medicinais:

– O uso de ginkgo biloba, devido às suas propriedades antioxidantes, está associado com a melhora na memória. Esta planta pode ser utilizada na prevenção e no tratamento precoce da demência causada pela doença de Alzheimer, em adição aos tratamentos convencionais.

No entanto, um estudo francês publicado em 2012 mostrou que o uso de extratos de Ginkgo biloba não foi eficaz no tratamento da doença de Alzheimer.

– A huperzina A é um extrato de uma planta chinesa que tem mostrado efeitos semelhantes ao dos inibidores da acetilcolinesterase. Entretanto, mais estudos são necessários para se estabelecer a eficácia desse composto.

– O consumo regular de café durante um longo período pode ter um efeito preventivo na doença de Alzheimer, como demonstrado em ratos por um estudo franco-alemão das Universidade de Bonne e Lille, publicado em abril de 2014.

– A cúrcuma (Curcuma longa), que pode ser encontrada no curry ou consumida como suplemento alimentar, de acordo com vários estudos, parece prevenir a doença de Alzheimer (mais informações sobre as referências, em nossa página especial sobre a cúrcuma).

– A canela (Cinnamomum verum) pode ter um efeito favorável na prevenção da doença de Alzheimer, como foi demonstrado pelo trabalho científico de Richard Anderson, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

Complementos alimentares:

O uso de determinados complementos alimentares pode auxiliar no tratamento do mal de Alzheimer, são estes:

– As vitaminas do grupo B

– O óleo de prímula (rico emácidos graxos essenciais)

– Os antioxidantes (que encontramos, por exemplo, no ginkgo bilobaou nas frutas)

– O ácido fólico

Vitamina E

Dicas

Geralmente, a pessoa que sofre de Alzheimer não tem consciência do seu estado, sendo assim, ela precisa de assistência. Aqui estão algumas dicas destinadas ao entorno familiar ou médico do doente que podem ajudar a melhorar a vida deste:

Dicas terapia Alzheimer

– Mesmo se o doente tiver dificuldades para se comunicar verbalmente, isso não significa que ele não consegue mais se comunicar, portanto é importante sempre lhe dar atenção, demonstrar afeição, tocando-o, olhando-o e mostrando gentileza.

– A carga emocional e física que deve ser dedicada a um paciente que sofre de Mal de Alzheimer pode ser muito pesada, portanto não hesite em conversar com o seu médico sobre uma possível internação total ou parcial do doente, caso você não esteja conseguindo lidar com ele.

– É importante saber que as pessoas que sofrem de Alzheimer mudam bastante e em casos avançados da doença, elas podem não se lembrar de seus próprios filhos, o que por sua vez para estes implica em uma carga emocional muito forte, pois todas as lembranças da infância e do passado são esquecidas. Algumas pessoas dizem que estes estágios são como uma “pequena morte”, portanto pode ser necessário procurar a ajuda de um profissional da saúde (médico, psicólogo) ou de familiares e amigos, caso a situação se torne insustentável.

– Doses elevadas de vitamina B podem reduzir de 30 a 50% a atrofia cerebral em pessoas afetadas por um declínio cognitivo moderado, o que atrasa a progressão da doença de Alzheimer.

– Pacientes com doença de Alzheimer muitas vezes se esquecem de comer. Forneça a eles alimentos saudáveis e que sejam ricos em proteínas e calorias, como suplementos alimentares e milkshakes com proteínas.

– Tenha certeza que o paciente com Alzheimer beba muito líquido ao longo do dia, de preferência água, sucos de frutas e bebidas saudáveis. Evite produtos com cafeína, pois esses aumentam a agitação e podem interferir no sono do paciente.

– Exercícios físicos são indicados para os pacientes com doença de Alzheimer. Eles melhoram a saúde das articulações e músculos e o perfil de sono do paciente, ajudam a prevenir constipação e melhoram a saúde do coração. Pacientes com problemas para andar podem usar bicicletas paradas ou exercícios na cadeira.

– Para os cuidadores: é importante que o ambiente seja modificado para o paciente com doença de Alzheimer. Procure remover excesso de móveis e objetos, instale aparelhos adequados para facilitar a movimentação do paciente, tenha certeza de que pisos e assoalhos não sejam escorregadios e forneça calçados antiderrapantes para o paciente.

– Diminua o número de espelhos em sua casa: o paciente com doença de Alzheimer pode achar a imagem no espelho confusa ou assustadora.

Prevenção

– Alguns estudos mostraram que manter atividades intelectuais como  a leitura, jogos que exercitam o cérebro, tais como palavras cruzadas, assim como exercer alguma atividade física (caminhada, etc.) tem um forte efeito positivo sobre o Mal de Alzheimer.

Dicas prevenção Alzheimer

– Tratar a hipertensão é o meio mais eficaz de prevenir demências como o Mal de Alzheimer [fonte: France Info, 16 de dezembro de 2008]

– Tomar regularmente medicamentos antiinflamatórios não esteroidais (AINES) como o ibuprofeno previne contra o Mal de Alzheimer. No entanto, dificilmente um médico irá receitar um tratamento crônico à base de ibuprofeno a uma pessoa que não precisa de AINES, pois estes podem ter vários efeitos secundários (úlceras, problemas renais,…). O risco-benefício não é garantido mas esse assunto ainda deve ser seguido, pois todo tratamento preventivo do Mal de Alzheimer merece atenção. O uso de estatinas (medicamentos contra o colesterol) também tem um efeito preventivo.

– Manter uma alimentação rica em frutas ajuda a prevenir o Mal de Alzheimer. As frutas contêm inúmeros antioxidantes, que ajudam na prevenção. O vinho tinto também é rico em antioxidantes e pode igualmente ajudar na prevenção da doença.

Ter uma dieta equilibrada é uma ótima maneira de prevenir a doença de Alzheimer. Isto inclui notadamente evitar junk food, ou seja, o consumo excessivo de açúcares rápidos e ácidos graxos saturados. Como pode ser visto na parte de causas, a doença de Alzheimer pode resultar de uma resistência à insulina no cérebro. Ou seja, na doença de Alzheimer, o cérebro é incapaz de assimilar inteiramente a glicose. Trata-se, portanto, de prevenir a diabetes.

Pare de fumar ! Especialmente se você é um fumante entre os 50 e 60 anos, o risco de  sofrer da doença de Alzheimer 20 anos mais tarde será dobrado (veja abaixo as causas de Alzheimer também).

– A vitamina D pode prevenir a doença de Alzheimer. De fato, foi observada uma correlação entre a deficiência de vitamina D e Alzheimer como mostra vários estudos, incluindo um estudo britânico publicado em agosto de 2014. De acordo com o estudo britânico, o risco de sofrer de Alzheimer aumentou em 69% nos participantes com deficiência moderada de vitamina D e subiu para 122% nos participantes com deficiência grave. Note que esta é uma observação e não necessariamente uma ligação de causa e efeito.

Um estudo muito interessante publicado em julho de 2011, por ocasião da Conferência Internacional da Associação de Alzheimer (AAIC) mostrou que em um modelo matemático construído por pesquisadores da Universidade da Califórnia (São Francisco), uma redução de 25% destes fatores de risco modificáveis poderia evitar mais de 3 milhões da casos da doença de Alzheimer no mundo.

– Deve-se evitar consumir benzodiazepínicos (medicamentos usados contra ansiedade e insônia) durante longos períodos, isto é, mais de 3 meses. Um estudo publicado em setembro de 2014 mostrou um aumento do risco de desenvolver a doença de Alzheimer de até 51%.

Esses fatores de risco, em parte acima mencionados são:

– Um baixo nível de educação (19%), neste caso, a atividade intelectual parece exercer um efeito protetor. Veja em seguida:

– Tabagismo (14%)

– Inatividade Física (13%)

– Depressão (11%)

– Hipertensão (5%)

– Obesidade (2%)

– Diabetes (2%).

Como você pode ver, para impedir a doença de Alzheimer será necessário minimizar sete desses fatores de risco mencionados.

Fontes e referências:
Mayo Clinic, Conferência Internacional da Associação de Alzheimer (AAIC), Neuron (DOI: 10.1016/j.neuron.2018.05.023)

Redação:
Por Xavier Gruffat (farmacêutico)

Fotos: 
Adobe Stock

Atualização:
25.04.2019

Observação da redação: este artigo foi modificado em 25.04.2019

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