Funcho
Resumo
Planta medicinal, com efeito anti-espasmódico e expectorante, indicada para diversos males, em particular para os digestivos.
Nomes
Nome em português: funcho, “erva-doce”, erva-doce nacional, funcho-comum, fiolho
Nome binomial: Foeniculum vulgare Mill.
Nome francês: fenouil
Nome inglês: fennel, common fennel
Nome alemão: Fenchel
Nome italiano: finocchio
Observação: algumas fontes, principalmente norte-americanas, se referem ao nome científico Foeniculum vulgare Mill. Isto significa que em vez de L. em referência ao botânico sueco Carl von Linné eles usam Mill. em referência ao inglês Philip Miller.
Família
Apiaceae
Constituintes
Ólos essenciais (anetol), hidroxicoumarina, vitamina A.
Partes utilizadas
Frutos secos, sementes
Efeitos
Antiflatulento, anti-espasmódico, expectorante, favorecedor do aleitamento, carminativo.
Indicações
– Problemas digestivos: flatulência (você pode tomar meia colher de chá de frutas ou sementes de erva-doce no final da refeição, mastigar e engolir), cólica de recem nascido, colite, dor de barriga, aerofagia, mau hálito.
– Catarros das vias respiratórias: tosse.
– Aleitamento (favorecimento da lactação). Nota: o efeito sobre a lactação não é cientificamente comprovado.
– Sintomas típicos da pós-menopausa: ondas de calor, distúrbios do sono, secura vaginal e ansiedade. Para esta indicação, é recomendado ser consumido preferencialmente sob a forma de cápsula (por exemplo, 100 mg de funcho por cápsula) duas vezes ao dia durante várias semanas.
Leia mais em Observações abaixo em Funcho e (pós)- menopausa
Efeitos secundários
Desconhecemos
Contra-indicações
Desconhecemos
Onde cresce a erva-doce?
A erva-doce cresce na Europa e na América. A erva-doce é uma planta nativa do sul da Europa. Algumas fontes também falam de uma origem asiática.
Quando a erva-doce floresce?
A erva-doce floresce geralmente de julho a outubro (Europa).
Observações
– Funcho, planta que não apresenta nenhum efeito secundário conhecido, (todavia, o óleo essencial de funcho não deve ser administrado por crianças pequenas e bebês) e que permite um tratamento vantajoso para diversos males freqüentes (tosse, problemas digestivos, catarro, aleitamento). Dito isso, uma edição especial da revista francesa Science & Vie sobre plantas medicinais publicada em julho de 2020 estimou que o efeito do funcho nas dores gastrointestinais, como flatulências ou espasmos, bem como nas cólicas do lactente, ainda não foi demonstrado, por falta de publicação de estudos científicos sérios. O anetol, que se encontra no óleo essencial, pode estar na origem dos efeitos digestivos. O efeito do funcho em promover a lactação em mulheres não é questionado pela análise da Science & Vie, que estima que vários ensaios clínicos demostraram que o funcho aumenta a produção de leite materno.
– Existem diversas variedades de funcho, três delas são particularmente cultivadas: funcho comum (Foeniculum vulgare subsp. vulgare var. vulgare), erva-doce ou funcho-doce (Foeniculum vulgare subsp vulgare var dulce), erva-doce (Foeniculum vulgare subsp. vulgare var. azoricum), o último tem seu bulbo usado como legume na culinária.
– O nome do gênero Foeniculum é uma referência para o termo latino Foen, significando feno. O cheiro das folhas de erva-doce é semelhante ao do feno.
– Muitas vezes quando comemos funcho sentimos o gosto de anis, na verdade, esta planta contém anetol em todas as suas partes.
– Os Puritanos Americanos usaram a erva-doce como um supressor do apetite durante serviços religiosos.
– Para tratar a cólica do recém-nascido, a erva-doce pode ser associada a outros dois plantas medicinais: camomila e erva-cidreira.
Funcho e (pós)- menopausa
O funcho atuaria contra os sintomas típicos da pós-menopausa: ondas de calor, distúrbios do sono, secura vaginal e ansiedade. Essas conclusões são baseadas no trabalho realizado por pesquisadores iranianos em 79 mulheres entre 45 e 60 anos. Essas participantes tomaram uma cápsula contendo 100 mg de funcho duas vezes por dia, durante 8 semanas. Comparadas com as mulheres do grupo controle (placebo), aquelas que tomaram o funcho tiveram uma melhora significativa nos sintomas da pós-menopausa. Por fim, os pesquisadores concluíram que o funcho foi eficaz para tratar esses sintomas e não causou efeitos colaterais sérios. Este estudo foi publicado em 17 de maio de 2017 na revista científica americana Menopause.
Fontes & Referências:
Literatura sobre plantas medicinais, Science & vie, Menopause.
Redação:
Por Xavier Gruffat (farmacêutico)
Fotos:
Adobe Stock/Fotolia, Criasaude.com.br
Atualização:
Este artigo foi modificado em 15.12.2020