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Ácido fólico

ácido fólicoO ácido fólico pertence ao grupo de vitaminas do complexo B e conhecido como hidrossolúveis. Abaixo você encontrará todas as informações sobre esta vitamina.

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NOMES

Nome em português: ácido fólico
Nome científico: vitamina B9, ácido fólico, folato

DOSE DIÁRIA

Dose diária recomendada: 
– 0.4 mg (=400µg) para um adulto (a partir de 15 anos)

– 0.4mg (=400ug), para as mulheres que querem engravidar (antes da concepção) [fonte: Mayo Clinic, Livro de Medicina Alternativa, Estados Unidos, atualização junho de 2010].

– 0.6 mg (=600µg) para uma mulher que estiver amamentando (segundo a  FDA – food and drug administration nos EUA)

– 0.8 mg (=800µg) para uma mulher grávida  (segundo a  FDA – Food and Drug Administration nos EUA. Na Alemanha, os médicos aconselham uma dose de 0.6 mg e no Brasil uma dose de 0.4 mg)

– 0.8 mg para aumentar a capacidade intelectual do cérebro, para um adulto de 50 a 75 anos (para combater o Alzheimer, por exemplo)

– a dosagem deve ser adaptada em caso de anemias megalobásticas, devido a uma carência em  ácido fólico, converse com o seu médico.

ALIMENTOS QUE CONTÊM ÁCIDO FÓLICO

Framboesas, fígado de boi, fígado de galinha, legumes verde-escuros (repolho verde), brócolis, ovos, cereais, funcho, suco de laranja, levedura, espinafres, etc.

EFEITO

Sintese de determinados aminoácidos, reações metabólicas-chave, sobretudo na região do tubo neural (gravidez), formação dos glóbulos vermelhos (hematopoiese).

INDICAÇÕES

 Mulheres grávidas: prevenção de espinha bífida e anencefalia nos bebês, se tomado antes da concepção e durante a gravidez (ver em dose diária acima).

– Prevenção do autismo, de acordo com um estudo internacional publicado em fevereiro de 2013, tomar suplementos alimentares de ácido fólico antes e durante o início da gravidez reduz o risco de autismo no recém-nascido em quase 40%. O momento da ingestão de ácido fólico materno parece ser muito importante na redução do risco de autismo na criança, sendo que quatro semanas antes do início da gravidez e oito semanas após o início da gestação parece ser o ideal.
De acordo com um estudo publicado em 2018, as mulheres que tomam suplementos alimentares de ácido fólico antes ou depois do início da gravidez podem ter um risco reduzido de ter um filho com autismo, de acordo com um grande estudo observacional realizado em Israel, publicado em fevereiro de 2018 no JAMA Psychiatry (DOI: 10.1001/jamapsychiatry.2017.4050). Os pesquisadores constataram que as mulheres que tomaram suplementos alimentares (ou um polivitamínico, que também contenha ácido fólico) antes da concepção ou durante a gravidez tiveram 2 vezes menos chances de ter filhos com transtorno do espectro autista (autismo) do que aqueles que não consumiram o ácido fólico na forma de suplementos alimentares.
Este estudo, chamado de observacional, só poderia encontrar associações e não estabelecer uma causalidade. Os ensaios clínicos comparando o ácido fólico ao placebo não seriam éticos devido à capacidade comprovada da vitamina de prevenir defeitos congênitos do tubo neural.
Um estudo norueguês publicado em 2013 na revista científica American Medical Association (DOI: 10.1001/jama.2012.155925) chegou às mesmas conclusões que o estudo israelense de 2018. Cerca de uma criança em 41 nasceu autista nos Estados Unidos em 2018. As causas desse transtorno mental permanecem desconhecidas, limitando assim o diagnóstico, a prevenção e o tratamento.

– Anemias megalobláticas, devido a uma carência em ácido fólico

– Para um rejuvenescimento da atividade intelectual de 5 anos e meio, em pessoas sadias de 50 a 75 anos, com tratamento de 0.8 mg por dia de ácido fólico, durante 3 anos,

– Doenças do fígado, acne, ditúrbios gastrointestinais

– Em caso de tratamento com metotrexato (por ex. em caso de artrite reumatóide, de psoríase) [aconselhado 1 mg de ácido fólico por dia ou 5 mg por semana; em caso de tratamento leve de metotrexato, como em caso de PR ou de psoríase, posologia em função da dosgem de metotrexato, veja com o seu médico)

– Alcoólicos – toxicomanos (em caso de carência em ácido fólico)

– Possível efeito na prevenção da doença de Alzheimer. No entanto, um estudo publicado em novembro de 2014 foi crítico sobre este assunto.

– Prevenção de leucemia para o feto em mulheres grávidas. Fatores epigenéticos seriam a causa dos efeitos favoráveis do ácido fólico na prevenção de leucemia, de acordo com um estudo da Universidade da Califórnia em San Francisco (USCF) nos Estados Unidos, publicado na revista Epigenetics em Dezembro de 2015.

CARÊNCIA

– Espinha bífida em recém-nascidos: se a mãe não consumiu uma quantidade suficiente de ácido fólico durante a gravidez, anencefalia (em recém-nascidos), encefalocele (em recém-nascidos), anemia, distúbrios intestinais…

EXCESSO

 Nenhum problema conhecido, pouco risco de intoxicação, pois o ácido fólico é hidrossolúvel, ou seja, ele é bem eliminado pelas urinas.

Um estudo realizado em 2013 por pesquisadores brasileiros do Centro de câncer AC Camargo, em São Paulo (Brasil), diz que o consumo de ácido fólico pode ajudar a prevenir o câncer colorretal, mas se esta vitamina é ingerida em excesso, especialmente sob a forma de suplemento alimentar, o ácido fólico pode promover o câncer colorretal. É aconselhável procurar um médico ou um nutricionista para saber a dose recomendada de ácido fólico de acordo com as necessidades do seu organismo.

OBSERVAÇÕES

– O uso de ácido fólico durante a gravidez é prescrito e aconselhado por todos os médicos. No Brasil tem uma fortificação de farinhas de trigo e de milho com ácido fólico e ajudou a diminuir as malformações (espinha bífida, anencefalia).

– Estima-se que o ácido fólico age com as vitaminas B6 e B12 para controlar o nível sangüíneo de homocisteína, o que permite reduzir o risco de infarto e de AVC.

– O CDC (Centro de Controle de Doenças americano) recomenda a ingestão diária de 400ug de ácido fólico para todas as mulheres entre 15 e 45 anos. O consumo de ácido fólico reduz de 50 a 70% o risco de desenvolvimento de distúrbios cerebrais (incluindo o autismo) e malformações da coluna vertebral (espinha bífida) nos fetos em desenvolvimento.

Fontes:
CDC, JAMA Psychiatry (DOI: 10.1001/jamapsychiatry.2017.4050).

Observação da redação: este artigo foi modificado em 22.10.2018

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