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Luxação

Resumo luxação

A luxação é um deslocamento de um ou mais ossos de uma articulação e pode envolver separação completa das superfícies de contato ou parcial (subluxação). As luxações mais comuns são: luxação de ombro, luxação patelar (no joelho), luxação congênita do quadril, luxação de cotovelo, etc.

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As causas das luxações são traumas que acometem as articulações, deslocando o osso do seu devido lugar. Além disso, outros fatores podem contribuir como artrite reumatóide, fatores genéticos, doença de Ehlers-Danlos, etc.

Pessoas mais propensas a quedas, como idosos e crianças, e atletas que recebem alto impacto nas articulações constituem grupo de risco para luxação.

Os sintomas iniciais são dores e impossibilidade de realizar o movimento fisiológico do osso deslocado. Com o rompimento de tecidos moles da articulação, desenvolve-se uma inflamação no local que antecede uma reação de cicatrização no local para recuperação dos tecidos perdidos. O diagnostico normalmente é feito com o emprego do Raio-X.

As formas de tratar as luxações incluem uso de antiinflamatórios e procedimentos cirúrgicos para recolocação do osso no devido lugar. É importante também que se imobilize a parte afetada para cicatrização e recuperação dos movimentos. A fisioterapia é indicada em muitos casos para fortalecimento dos músculos e recuperação dos movimentos.

Plantas medicinais normalmente utilizadas possuem ação antiinflamatória, como a arnica. Alguns procedimentos de como prevenir as luxações são: supervisionar pacientes propensos a quedas, prática adequada de movimentos bruscos e uso de equipamentos de segurança nos esportes. Algumas dicas de como proceder em caso de luxação são: siga rigorosamente as dicas de seu médico para que a recuperação seja rápida, não tente colocar o osso de volta no lugar, não mova o paciente de local, etc. Aplicações de bolsas de água fria e quente ajudam na recuperação e alívio da dor.

Definição luxação

O que é luxação ? – Definição luxação

A luxação é um deslocamento de um ou mais ossos da articulação, podendo acontecer em qualquer parte do corpo. Esse deslocamento pode ser parcial ou completo, causando separação das superfícies da articulação. Quando esse deslocamento é parcial e ainda fica alguma parte de cada superfície em contato, ocorre a sub- luxação.

A luxação também é comumente conhecida como “deslocamento de uma articulação”. Muitos pacientes confundem luxação com contusão, sendo que esta última é uma lesão em alguma região do corpo, como músculos, que não causa fissuras, ou fraturas ósseas ou deslocamento de articulação. A contusão normalmente é acompanhada por inchaço (edema) e hematomas. As entorses também são diferentes das luxações. Entorse é o termo empregado para a lesão que ocorre quando se ultrapassa o limite normal de movimento de uma articulação, podendo haver distensão de ligamentos e dor intensa.

As luxações mais comuns são:

– Luxação do ombro

– Luxação do quadril (incluindo a luxação congênita de quadril)

– Luxação patelar (luxação no joelho)

– Luxação coxofemural (no osso da coxa, ou seja, no fêmur)

– Luxação do cotovelo

– Luxação do tornozelo

– Luxação nos dedos

Estatísticas luxação

Embora a luxação possa acontecer em qualquer parte do corpo humano, em alguns locais o deslocamento é mais comum, como ombros, dedos, cotovelos, punhos e joelho. Não há muitos dados estatísticos e epidemiológicos sobre a incidência da luxação, entretanto, alguns estudos apontam que a luxação no ombro (também conhecida como escapuloumeral) é a mais comum, com incidência de 1,5 a 2% na população e 7% nos atletas. Em adultos entre 20 e 25 anos, a taxa de recorrência de luxação é de 50 a 75%. Em atletas, a recorrência é superior a 90%.

A luxação no joelho é uma lesão rara que, segundo alguns autores, contabiliza menos de 0,02% de todas as lesões ortopédicas. Os homens são mais propensos a sofrerem luxações.

Causas luxação

A luxação não é uma doença transmissível.

As principais causas de luxação (como a luxação de ombro e luxação de quadril) podem ser sumarizadas a seguir:

Luxações causadas por atividades esportivas

Uma das principais causas de luxação de ombro, quadril, etc são as lesões causadas por impactos esportivos. Esses impactos podem ser diretos no local da articulação (causas diretas) ou em outros locais (causas indiretas), como luxação no ombro por impacto no cotovelo, luxação no joelho por impacto na sola do pé (como ao correr). ATENÇÃO: qualquer atividade física pode causar luxações se não for praticada corretamente e com supervisão.

Luxações causadas por impactos não esportivos

Outra grande causa de luxação são os impactos não esportivos. Isso inclui traumas que podem ocorrer no dia a dia, como uma pancada no ombro, uma queda na rua ou algum outro impacto violento sobre uma articulação. Determinadas condições, como malformações congênitas e paralisia muscular, propiciam o aparecimento de luxações, como a luxação congênita de quadril. As fraturas também podem causar luxação.

Subluxações podem acontecer em pacientes com artrite reumatoide, uma vez que há alteração da superfície das articulações e destruição dos tecidos moles.

Além de traumas diretos ou indiretos, as luxações podem acontecer por um movimento violento ou uma tração súbita, como ocorre em luxações nos ombros e cotovelos de bebês quando tropeçam e estão segurando na mão de um adulto, que exerce uma tração para segurar o braço da criança e ocasiona a luxação.

Outros fatores que causam deslocamento de articulações é a presença de doenças que destroem os elementos das articulações, como artrite, tumores, paralisia, dentre outras.

Luxações causadas por quedas

As quedas são uma condição importante para a causa de luxações, sobretudo em idosos ou pessoas com articulações enfraquecidas. A queda é particularmente perigosa, pois pode deslocar diversas articulações de uma só vez, como as articulações do joelho, tornozelo, cotovelo, ombros, dedos, etc.

Grupos de risco luxação

Os principais grupos de risco para as luxações são:

– Atletas: estão propensos a impactos nas articulações de diversos membros. Muitos desses impactos são de alta intensidade e muitas luxações podem ser recorrentes.

– Idosos: os idosos são particularmente mais suscetíveis a quedas e luxações, por um enfraquecimento dos elementos que sustentam as articulações. Com o passar da idade, há desgaste dos elementos articulares e aumento do risco de deslocamentos.

– Pessoas com artrite reumatoide: esses pacientes têm risco de desenvolverem luxação devido ao desgaste da superfície articular e alteração dos tecidos moles que a constitui.

– Bebês e crianças: esse tipo de paciente é sujeito a luxações por terem articulações mais frágeis, também são propensas a terem maior incidência de luxação.

– Pacientes portadores de deficiências congênitas. Algumas dessas doenças alteram a constituição das articulações, como no caso da luxação congênita do quadril. Pacientes portadores da Síndrome de Ehlers-Danlos (ou Cutis elástica) também podem ter risco aumentado de deslocamentos.

Para sumarizar, podemos delinear alguns fatores de risco principais para as luxações:

Sintomas luxação

O sintoma inicial nas luxações completas e nas subluxações, é o aparecimento de dor imediatamente após o trauma, o que impede a movimentação da articulação lesada. Na zona atingida, desenvolve-se uma inflamação, que faz com que a dor aumente. A deformidade no local da luxação pode, por vezes, ser muito nítida, devido ao deslocamento de um osso, entretanto, há locais nos quais a luxação não pode ser distinguida de uma fratura.

Com o rompimento dos tecidos moles, desenvolve-se uma inflamação no local com posterior tumefação (inchaço). Além disso, há extravasamento de sangue, desenvolvendo equimoses. Dias após o trauma e deslocamento, desenvolve-se uma reação de cicatrização na região atingida. Caso os ossos estejam no local, a cicatrização irá fixá-los no local correto e recuperação da posição e movimentação normal. Entretanto, caso o osso continue deslocado, a fixação será numa posição anômala, que poderá resultar numa deformidade para o paciente com limitação funcional e de movimento da articulação.

Uma característica posterior à luxação é o enfraquecimento muscular, caso a articulação tenha ficado imobilizada por muito tempo.

Diagnóstico luxação

O diagnóstico pode ser realizado através de exames de Raio-X, que são comumente pedidos para confirmar o local do deslocamento. Em outros casos de luxação, como na luxação congênita do quadril, algumas medidas podem ser adotadas. Nesse caso, o diagnostico precoce é de grande importância para atingir bons resultados no tratamento, portanto, no recém-nascido, duas manobras podem ser feitas como diagnostico, que só terão validade após os 2 meses de vida:

1.  Manobra de Ortolani: consiste em uma sensação tátil, um “click”, sentido pelo examinador quando se faz a abdução das coxas a partir de uma flexão de joelho e quadril. Esta sensação significa o encaixe da cabeça do fêmur com o acetábulo.

2.  b) Manobra de Barlow: serve para determinar se há instabilidade de quadril, e consiste em provocar ativamente o deslocamento femoral unilateral então, o “click” acontece.

O ultra-som também se mostra sensível e eficiente no diagnóstico de deslocamentos.

Nos casos em que a luxação está associada a outras doenças, como tumores e artrite, exames complementares, além do histórico clinico do paciente, auxiliam na diagnose e localização da zona luxada. É muito importante que a área lesada seja corretamente diagnosticada como luxação ou uma eventual fratura.

Complicações luxação

Algumas complicações das luxações são:

 – Lesão de um nervo, como o nervo axilar nas luxações de ombro e nervo ciático, na lesão do quadril;

 – Complicações vasculares, como em lesões no cotovelo, onde há o perigo de lesão da artéria braquial, resultando em isquemia que, se não for restaurada, leva a dano irreparável;

– Rigidez, no caso de regiões difíceis de adquirir o arco total de movimento, como cotovelo;

 – Osteoporose, que pode acontecer em um estágio tardio se a luxação danificar superfícies articulares;

 – Danos a órgãos internos e partes moles, pelo deslocamento de um osso;

– Suscetibilidade e reaparecimento de novas luxações. Isso ocorre quando os elementos de sustentação da articulação não são reparados adequadamente, o que pode ocasionar instabilidade.

Além disso, muitas luxações podem estar associadas a fraturas, que dificultam a recuperação do paciente.

Tratamento luxação

Para tratar a luxação, normalmente o primeiro passo para o tratamento é a recolocação do osso deslocado no devido lugar. Isso deve ser feito por um médico especializado que adotará a medida necessária para diminuição da área luxada. Esse processo pode ser muito doloroso ao paciente, conseqüentemente, é feito sob uso de anestésicos e antiinflamatórios não-esteroidais como ibuprofeno, paracetamol, naproxeno, diclofenaco, etc. Quando a diminuição manual da luxação não é possível, pode-se recorrer a um procedimento cirúrgico para recolocação das partes deslocadas.

Logo após essa parte, a região deslocada deve ser imobilizada para cicatrização adequada dos elementos articulares e, assim, recuperação do movimento da articulação. Isso é feito normalmente com talas, gesso ou quaisquer outros materiais que reduzam o movimento da região. O tempo de imobilização varia de acordo com o grau da lesão e região afetada e deve ser avaliado por um médico. Algumas luxações, como as de quadril, necessitam de muitos meses para o seu restabelecimento.

Uma vez recuperado os ligamentos da articulação, comumente se recomenda a fisioterapia para completa recuperação dos movimentos. O tratamento fisioterápico depende do grau da luxação e da parte lesionada.

Luxações acompanhadas de destruição de tecidos moles ou recidivantes necessitam de intervenção cirúrgica.

Segue abaixo um resumo de como tratar e proceder em caso de luxação:

Fitoterapia luxação

Algumas plantas antiinflamatórias podem ser indicadas para a redução da dor sentida pelo paciente após uma luxação. Exemplos dessas ervas são:

– Casca de janaúba (Himatanthus drasticus (Mart.) Plumel);

– Infusões de folhas e compressas de arnica (Arnica montana L.). ATENÇÃO: contra-indicado na gravidez e lactação;

– Aplicação, com gaze, do látex extraído dos ramos e folhas do pinhão-manso (Jatropha curcas L.);

– Ingestão do chá de mangaba ou mangabeira do Norte (Hancornia speciosa Gomez).

Há, atualmente no mercado, uma variedade de géis de massagem à base de arnica. É importante que o médico receite qualquer medicamento fitoterápico e avalie as contra-indicações em cada caso.

Homeopatia luxação

Alguns medicamentos homeopáticos são indicados para diminuir a inflamação. Alguns exemplos são:

 – Arnica montana 6CH;

 – Ruta graveolens 6CH;

 – Rhus toxicodendron 6CH.

É importante que o médico homeopata indique o tratamento adequado para cada paciente de acordo com suas características.

Dicas luxação

Veja algumas dicas importantes de como proceder em casos de luxação:

– Não tente recolocar a articulação no local, isso deve ser feito por um profissional da saúde capacitado.

– Imobilize a região lesada com cuidado e leve o paciente ao pronto-socorro imediatamente.

– Não mova o paciente do local sem estar a região lesionada imobilizada.

– Durante a recuperação, siga criteriosamente o período de repouso para completa cicatrização dos ligamentos.

– No caso de fisioterapia, siga corretamente o tratamento, para reabilitação dos movimentos.

– É indicado que o paciente não coma nada até ser atendido por um médico, pois poderá necessitar de aplicação de anestesia.

– Use bolsas de gelo para aliviar a dor e a inflamação no local lesionado. Aplique na região por cerca de 15 a 20 minutos durante os primeiros dias da lesão. Quando a dor e a inflamação tiverem melhorado, use bolsas de água quente para relaxar os músculos enrijecidos e inflamados. Limite a aplicação de compressas quentes a 20 minutos.

– Após 1 ou 2 dias da lesão, faça movimentos leves com a articulação para recuperar os movimentos. Siga as orientações de seu médico e fisioterapeuta. A inatividade tem um efeito pior na recuperação.

Prevenção luxação

Veja algumas medidas de como prevenir as luxações:

– Proporcione um ambiente seguro e adequado para crianças e idosos, evitando quedas;

– Supervisione os pacientes propensos a quedas, como crianças e idosos;

– Utilize técnicas adequadas ao realizar um esporte ou atividade física: muitas luxações ocorrem por má pratica dos movimentos em um esporte;

– Utilizar equipamentos adequados nos esportes. ATENÇÃO: se você é iniciante, tenha sempre orientação de um instrutor;

– Se você sofreu uma luxação, siga rigorosamente todas as indicações do seu médico para se recuperar adequadamente. Lembre-se que articulações deslocadas mal curadas tendem a sofrer mais luxações.

Observação da redação: este artigo foi modificado em 05.10.2017

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