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Insuficiência renal

Resumo Insuficiência renal

Insuficiência renal resumoA insuficiência renal, também conhecida com falha ou doença renal, é uma condição na qual os rins param de exercer sua função normal de filtragem do sangue. Com isso, substâncias tóxicas ficam acumuladas no organismo e põem em risco a vida do paciente. Há dois tipos de insuficiência renal: a aguda, caracterizada por uma súbita perda das funções renais, e a crônica, que se caracteriza pela falha contínua e prolongada da função renal, normalmente devido a outra doença.
No mundo, cerca de 500 milhões de pacientes sofrem com a doença, sendo que 1,5 milhões necessitam de diálise. No Brasil, estima-se que 10 milhões de pessoas tenham insuficiência renal crônica, mas a grande maioria não sabe que possui a doença. Ela normalmente atinge adultos e idosos, mas também pode atingir jovens e adolescentes.

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Algumas das causas da insuficiência renal são: dano direto aos rins, uso de medicamentos que lesionem os rins, diabetes, hipertensão, obesidade, consumo exagerado de álcool, etc. Os principais grupos de risco para a doença são pessoas com pedras nos rins, idosos, fumantes, etc. Alguns sintomas da doença são: redução da produção de urina, náuseas, vômitos, fraqueza muscular, convulsões, edema, coma, etc.

plantas fitoterápicas com propriedades diuréticas

O diagnóstico é normalmente feito por exames de urina e de sangue, mas o médico também pode solicitar biópsias e exames de imagem para verificar a função dos rins. Algumas complicações incluem anemia, fraqueza muscular, hipercalemia, risco de doenças cardiovasculares, coma, osteoporose, etc.

O tratamento inicial é identificar e evitar a causa da insuficiência renal. Após isso, o médico poderá dar ao paciente medicamentos para evitar as complicações e reduzir os danos. Algumas plantas fitoterápicas com propriedades diuréticas, como a bétula e unha-gata, podem ser utilizadas. Produtos homeopáticos também podem ajudar na filtração do sangue.

Algumas dicas para reduzir a gravidade da doença inclui reduzir a quantidade de ingestão de sódio, potássio e proteínas. Como medidas preventivas recomenda-se controlar a hipertensão, obesidade, diabetes, colesterol alto, praticar atividades físicas e manter uma dieta balanceada.

Definição insuficiência renal

O que é a insuficiência renal?

A insuficiência renal, também chamada de doença ou falha renal, é uma condição clínica na qual os rins param de exercer sua função normal de filtragem do sangue e eliminação de toxinas do corpo. Dessa forma, níveis elevados e perigosos de toxinas podem se acumular no organismo e por em risco a vida do paciente. Há duas formas principais de insuficiência renal: a insuficiência renal aguda e a insuficiência renal crônica.

A insuficiência renal aguda é caracterizada por uma rápida perda das funções renais do paciente, caracterizada por oligúria (diminuição da produção de urina), e desequilíbrio eletrolítico. Essa condição pode ocorrer em poucos dias ou horas e normalmente se manifesta em pacientes já debilitados, que estão hospitalizados ou sob uso de algum medicamento.

A insuficiência renal crônica se desenvolve ao longo do tempo e pode não apresentar sintomas iniciais. Até o rim não estar realmente comprometido, essa condição não causa sintomas. Normalmente a insuficiência renal crônica é consequência de alguma doença irreversível ou progressão de alguma doença.

Outra categoria é a falha aguda na insuficiência renal crônica. Esse tipo se caracteriza por um rápido declínio das funções renais em pacientes com doença renal crônica. A falha aguda pode ser revertida se os cuidados necessários forem tomados a tempo.

Estatísticas insuficiência renal

A insuficiência renal, principalmente a crônica, vem crescendo no mundo. Estudos populacionais em diferentes países têm demonstrado que a prevalência da doença renal crônica é de 7,2% em pacientes acima dos 30 anos e de 28-46% em pacientes acima de 64 anos de idade. Estima-se que cerca de 500 milhões de pacientes no mundo sofram com alguma doença renal (tanto aguda quanto crônica), e cerca de 1,5 milhões de pessoas necessitem de diálise. De acordo com os dados, pacientes com doença renal crônica têm 10 vezes mais risco de morte prematura por problemas cardiovasculares. Estima-se que cerca de 12 milhões de pessoas por ano morram de doença cardiovascular associada à doenças renais.

No Brasil, os número são altos. Estima-se que 10 milhões de pessoas sofram com a doença renal crônica, mas a maioria não sabe (dados de 2011). A prevalência da doença por habitante é de 50 casos a cada 100.000 habitantes, menor que em países como Estados Unidos (110/100.000) e Japão (205/100.000), o que sugere que a doença renal crônica não está sendo corretamente diagnosticada.

Em 10 anos (2000-2010), o Brasil apresentou um aumento de 38% na taxa de mortes por insuficiência renal crônica. Essa doença, mais comum na população adulta, atinge também crianças e adolescentes. Segundo dados de 2007 da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), estima-se que 1,5% da população entre 0 e 19 anos sofre de doença renal crônica e necessita de diálise.

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Causas insuficiência renal

As causas da insuficiência renal variam de acordo com o tipo de doença: aguda ou crônica.

Causas da insuficiência renal aguda

A insuficiência renal aguda caracteriza-se por uma súbita falha na função renal, e pode ser causada por:

– Dano direto aos rins, como por esmagamento dos túbulos renais (após graves acidentes) ou pancadas.

– Doenças que diminuam o fluxo de sangue para os rins, como hipercoagulabilidade.

– Desequilíbrio de fluídos no corpo.

– Danos químicos ao rim, como uso de certos medicamentos (como alguns antibióticos) ou contato com substâncias químicas nefrotóxicas (solventes orgânicos, metais pesados, etc).

Causas da insuficiência renal crônica

A insuficiência renal crônica caracteriza-se por uma lenta diminuição das funções renais ao longo do tempo devido a doenças ou a outros fatores. As principais causas são:

Hipertensão.

Obesidade.

Diabetes (tipo 1 ou tipo 2).

– Glomerulonefrite (inflamação nos glomérulos, unidades filtradoras do rim).

– Recorrência de infecções renais, como pielonefrite.

– Doença policística renal.

– Refluxo vesicouretral (doença na qual a urina volta aos rins por refluxo).

– Obstrução prolongada o trato urinário, como por aumento da próstata (no câncer de próstata, por exemplo), ou pedras nos rins.

Grupos de risco insuficiência renal

Os principais grupos de risco para doença renal variam dependendo do tipo de doença renal (aguda ou crônica). Os principais grupos são:

– Pacientes que usam algum tipo de medicamento nefrotóxico (vancomicina, antibióticos aminoglicosídicos, aciclovir, quimioterápicos, etc) (risco de insuficiência renal aguda).

– Pessoas que trabalham em industria química sem proteção ou em algum laboratório e têm contato com solventes orgânicos ou outros materiais tóxicos (risco de insuficiência renal aguda).

– Pacientes com diabetes (risco de insuficiência renal crônica).

– Pacientes hipertensos (risco de insuficiência renal crônica).

– Pacientes obesos (risco de insuficiência renal crônica).

– Fumantes (risco de insuficiência renal crônica).

– Pacientes com problemas cardíacos que diminuam o fluxo sanguíneo (risco de insuficiência renal crônica).

– Idosos (risco de insuficiência renal crônica).

Sintomas insuficiência renal

Os sintomas da doença renal dependem se ela é aguda ou crônica:

Sintomas da insuficiência renal aguda

Os principais sintomas são:

– Redução da produção de urina.

– Retenção de líquido que se manifesta como edema nas pernas e pés.

– Náusea, fadiga e confusão mental.

– Convulsões e coma em alguns casos graves.

Sintomas da insuficiência renal crônica

Nos estágios iniciais, a insuficiência renal crônica não apresenta sintomas. Conforme a função do rim vai sendo perdida, alguns sintomas podem aparecer, como:

– Perda de apetite.

– Náusea e vômito.

– Fadiga e fraqueza.

– Problemas para dormir.

– Pressão alta de difícil controle.

– Problemas para dormir.

– Coceiras.

– Respiração curta com sinais de acúmulo de líquido no pulmão.

– Dores musculares e cãibras.

– Mudança na quantidade produzida de urina.

– Dores no peito, principalmente se há acúmulo de líquido na região cardíaca.

Diagnóstico insuficiência renal

O diagnóstico da insuficiência renal é normalmente feito mediante exames laboratoriais. O médico irá analisar o quadro do paciente e verificar quais os exames mais indicados para diagnosticar a doença. Os principais são:

– Exames de amostra de urina. Pela urina o médico poderá ver qual a possível causa de insuficiência renal devido aos materiais excretados. Esse exame é aplicado para identificar as causas de insuficiência renal aguda ou se o paciente possui insuficiência renal crônica.

– Exames de sangue. Com amostras de sangue, o médico poderá medir 2 substâncias marcadoras que mostram como estão as funções renais: uréia e creatinina. Quando os níveis dessas substâncias estiverem elevados fora do normal significa que os rins não estão desempenhando sua função de filtração renal adequadamente. Esse exame é usado tanto para diagnosticar a insuficiência renal aguda quanto a crônica.

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– Biópsia renal. Esse exame pode ser usado para identificar quais as causas da insuficiência renal tanto aguda quanto crônica.

– Exames de imagem. Com técnicas como a ressonância magnética ou tomografia computadorizada, o médico pode ter uma visão do rim e de como estão as estruturas internas desse órgão, se há ou não alguma lesão ou anormalidade.

Complicações insuficiência renal

A insuficiência renal pode levar a sérias complicações quando não tratada adequadamente ou não diagnosticada a tempo. Algumas das complicações são:

– Retenção de fluidos, principalmente em membros inferiores, cavidade torácica, pulmão e braços. Isso pode levar a complicações como encurtamento da respiração, edema nos membros, dores no peito e aumento da pressão sanguínea.

– Aumento súbito de potássio no sangue (hipercalemia). Essa condição faz com que o coração não desempenhe normalmente suas funções e põe em risco a vida do paciente.

– Aumento do risco de doenças cardíacas e vasculares, como infarto e trombose.

– Fraqueza muscular, uma vez que o equilíbrio eletrolítico do organismo não pode ser mais garantido pelos rins e os músculos necessitam de quantidades adequadas e eletrólitos para desempenharem suas funções.

– Dano irreversível aos rins, caso o diagnóstico não seja feito a tempo e nenhuma medida terapêutica seja adotada.

– Problemas no sistema nervoso central, como dificuldades para se concentrar, convulsões e até coma em alguns casos. Isso é devido ao desequilíbrio eletrolítico do organismo.

Anemia.

– Fragilidade óssea.

É importante que o paciente com doença renal crônica ou aguda seja tratado adequadamente, pois muitas complicações põem em risco a vida do paciente.

Tratamentos insuficiência renal

Os tratamentos para a insuficiência renal irão depender se ela é crônica ou aguda.

Tratamentos para insuficiência renal aguda

Primeiramente é importante identificar a causa da insuficiência renal aguda e tratar essa causa. Se a doença estiver sendo causada pelo uso de algum medicamento, este deve ser suspenso. A causa deve ser corretamente identificada e sanada.

Uma vez que o motivo causador da insuficiência renal aguda for retirado, o médico irá tratar o paciente para evitar complicações da insuficiência renal. Os tratamentos incluem:

– Tratamento do desequilíbrio de fluídos no corpo. Se a insuficiência renal aguda for causada por quantidade reduzida de fluídos no organismo, o médico poderá sugerir que o paciente receba fluídos por via intravenosa. Em outros casos, a doença é causada por excesso de líquido no corpo e nesse caso o médico poderá usar diuréticos para expelir o excesso.

– Tratamento da hipercalemia. O médico poderá prescrever remédios como sulfonato de poliestireno para controlar os níveis de potássio no sangue.

– Medicamentos para recuperar os níveis de cálcio no sangue.

– Diálise para remover as toxinas do sangue que estejam afetando os rins.

Tratamentos para insuficiência renal crônica

Assim como na insuficiência renal aguda, é importante tratar a causa da doença. O médico poderá lançar mão de medicamentos para controlar a hipertensão, diabetes, colesterol alto ou obesidade.

Enquanto o médico trata a causa inicial da doença, outros medicamentos podem ser usados para prevenir complicações, como medicamentos para combater a anemia, osteoporose, hipercalemia e outras complicações. O médico também poderá sugerir uma dieta com baixa taxa de proteína para não sobrecarregar os rins.

Quando o paciente está em fase final da insuficiência renal crônica, ou seja, quando o dano aos rins é irreversível, será necessário fazer diálise para filtração dos rins. Nesse estágio o paciente também precisará de um transplante renal. É muito importante que nesse etapa o paciente passe por diálise ou receba logo um novo rim, pois em caso contrário, a expectativa de vida é de apenas algumas poucas semanas no caso de uma total falha renal.

FItoterapia insuficiência renal

Algumas plantas podem ser utilizadas em casos de insuficiência renal devido ao seu poder diurético. Entretanto é muito importante consultar um médico e verificar quais produtos naturais podem ser utilizados, uma vez que a insuficiência renal pode por a vida do paciente em risco. Não utilize nenhum produto, fitoterápico sem antes consultar um médico.

Algumas plantas com ação diurética são:

Hissopo.

Vara-de-ouro.

Unha-gata.

Bétula.

– Urtiga.

Ressaltamos a importância de se consultar um médico antes da utilização de qualquer produto. Muitos casos de insuficiência renal não necessitam de diuréticos e o uso de produtos com essa propriedade pode piorar o quadro do paciente.

Homeopatia insuficiência renal

A homeopatia pode ser usada em pacientes com insuficiência renal. É importante que um médico seja consultado antes de se tomar qualquer medicamento homeopático. Alguns dos produtos que podem ser utilizados são:

– Medorrhium 200 CH

– Cantharis 200 CH

– Aconitum Napellus 4 DH

– Antimonium Crudum 6 CH

– Berberis 200 CH

Existem outros medicamentos que podem ser utilizados dependendo da condição do paciente. Converse com o seu médico e veja o que ele recomenda de acordo com os sintomas.

Dicas insuficiência renal

Algumas dicas podem ser adotadas para o paciente com insuficiência renal, principalmente a crônica. Dentre elas:

– Se você possui doença renal crônica, reduza a quantidade de sal da sua dieta. Isso inclui evitar alimentos com alto teor de sódio, como produtos em conserva, alimentos enlatados, peixes salgados, carnes defumadas, embutidos, etc.

– Reduza a quantidade de potássio da sua dieta. Produtos com alto teor de potássio incluem bananas, laranjas, batata, tomate e espinafre. Alguns alimentos com baixo teor de potássio são maçãs, repolho, feijões verdes, uvas e morangos.

– Reduza a quantidade de proteína da sua dieta. Excesso de proteínas podem sobrecarregar os rins que já estão debilitados. Converse com o seu médico ou nutricionista para saber quanto deve ingerir de proteína por dia. Alimentos com alto teor proteico incluem ovos, carne e derivados do leite. Alimentos com baixo teor de proteínas são frutas, pães, massas, verduras e legumes.

– Limite a quantidade de fósforo. Excesso de fósforo pode danificar os ossos e a pele, sobretudo se o rim não está filtrando o sangue adequadamente. Alimentos com alto teor de fósforo inclui refrigerantes, ovos, queijo e leite.

Prevenção insuficiência renal

Algumas medidas preventivas podem ser adotadas para que o paciente evite a doença renal. Dentre elas:

– Evite tomar medicamentos desnecessariamente. Muitos deles são tóxicos para os rins. Se você utiliza medicamentos de venda livre, leia sempre a bula e converse com o farmacêutico para saber quais os danos esses produtos podem causar.

Evite fumar e beber álcool em excesso. Esses fatores podem lesionar os rins.

– Controle o seu peso.

– Controle a hipertensão e o diabetes. Esses fatores, associados com a obesidade aumentam o risco de desenvolvimento de insuficiência renal crônica.

– Mantenha uma dieta equilibrada. Dê preferência a grãos integrais, frutas, verduras e legumes ao invés de alimentos enlatados, conservados e embutidos.

– Exercite-se frequentemente. A atividade física ajuda o corpo a eliminar diversas toxinas que prejudicam os rins.

Observação da redação: este artigo foi modificado em 05.10.2017

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