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Diabetes, hipertensão e tabagismo aumentam risco de alzheimer

Diabetes, hipertensão e tabagismo aumentam risco de alzheimerLONDRES, REINO UNIDOO Mal de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que afeta a memória, as funções cognitivas e capacidades de realizações de tarefas dos seus portadores. Ela atinge principalmente a população acima dos 65 anos de idade. Estima-se que cerca de 1,2 milhões de pacientes no Brasil possuam a doença, com o aparecimento de 100 mil novos casos por ano.
Atualmente, a doença não tem cura, sendo, portanto crônica. Os tratamentos visam a reduzir os sintomas debilitantes da morte neuronal e retardar a progressão da doença, evitando que mais células nervosas morram. Além dos problemas cognitivos, o Alzheimer também provoca alterações psicológicas, como depressão, ansiedade, problemas para dormir, alterações de personalidade e raciocínio, dentre outras.
As causas do Alzheimer ainda não são totalmente conhecidas, mas acredita-se que fatores genéticos associados a hábitos de vida, desencadeiem a doença. Um estudo recente da organização internacional Alzheimer Disease International (ADI), publicado no dia 17 de setembro, apontou que pressão alta, tabagismo (fumo) ediabetes favorecem o desenvolvimento de Alzheimer e outras doenças comuns da velhice. O relatório atual diz que a diabetes, por exemplo, pode aumentar o risco de demência em até 50%.

Mas o relatório também aponta medidas protetoras que podem evitar o Mal de Alzheimer. Mudança de estilo de vida com inclusão de hábitos saudáveis é benéfica para retardar o aparecimento de demências. Parar de fumar, praticar esportes, reduzir o consumo de açúcar e gordura, evitar alimentos industrializados e controlar a pressão alta são medidas apresentadas como positivas para evitar a doença.

O diabetes, em particular, preocupa, pois cada vez mais o número de indivíduos com a doença aumenta. Fruto de má alimentação e sedentarismo, o diabetes aparece junto com outras doenças metabólicas, como hipertensão, colesterol e triglicérides altos e obesidade.

O relatório descreve que poucas pessoas conhecem a associação entre essas doenças e o Mal de Alzheimer. Apenas 25% das pessoas associaram a obesidade a um risco aumentado de demência. Além disso, somente 23% das pessoas associaram a prática de atividades físicas a uma redução do risco de Alzheimer. O estudo ainda aponta que parece que a prevalência de demência está caindo em países desenvolvidos, ao passo que ela aumenta em países em desenvolvimento, como o Brasil.

Por fim, o relatório alerta as autoridades de saúde para medidas que previnam e combatam o diabetes, o tabagismo e a pressão alta, incluindo programas especiais para idosos e crianças, a fim de educa-los a adotarem hábitos mais saudáveis.

22 de setembro de 2014. Texto escrito por Matheus Malta de Sá  (farmacêutico). Fonte: World Alzheimer Report 2014.

Observação da redação: este artigo foi modificado em 31.10.2015

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