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Paxlovid™, medicamento para Covid-19

O Paxlovid™ (ou PAXLOVID™) é um medicamento oral desenvolvido pela Pfizer, sediada nos EUA, para tratar o Covid-19. Pfizer anunciou na sexta-feira, 5 de novembro de 2021 em um comunicado à imprensa1 que Paxlovid™ reduz o risco de hospitalização ou morte em 88% em comparação com placebo em adultos não-hospitalizados de alto risco com Covid-19, de acordo com os primeiros resultados de ensaios clínicos. Pfizer confirmou estes resultados em um outro comunicado de imprensa em 14 de dezembro de 2021.
Paxlovid™ é uma combinação de 2 moléculas, nirmatrelvir e ritonavir em baixa concentração. O composto de chumbo da droga, nirmatrelvir (PF-07321332), atua como um inibidor de protease viral.
O Paxlovid™ foi registrada em muitos países ou regiões (Estados Unidos, União Européia, Canadá, Israel, México…)
Brasil:
Em 21 de janeiro de 2022, quando o dossiê foi atualizado, Paxlovid não estava disponível no Brasil (não registrado pela FDA). Em Portugal, o medicamento foi registrado pela EMA (Agência Européia de Medicamentos).

Efeito contra a Omicron?
Como este medicamento age sobre uma das proteases virais do SARS-CoV-2 e não sobre as proteínas do pico (Spike proteins), os cientistas, incluindo a Pfizer, acreditam que Paxlovid™ poderia agir contra diferentes variantes do vírus, como Omicron. Sabe-se que as proteínas dos picos mudam, mas não as proteases virais. A Pfizer parece confirmar isto em estudos ainda não publicados realizados no laboratório, segundo o Wall Street Journal em 14 de dezembro de 2021 e a CNN. Em 19 de janeiro de 2022 foi relatado no Wall Street Journal que 3 estudos internos ou supervisionados pela Pfizer haviam demonstrado uma clara eficácia pelo menos in-vitro contra a variante Omicron, de acordo com a pesquisa do Criasaude esses estudos foram publicados em pre-print (via biorxiv.org).

Nomes:
A marca do medicamento é: Paxlovid™ ou PAXLOVID™ (esta é uma marca patenteada pelo laboratório americano Pfizer).
Nomes das moléculas: 1ª molécula: nirmatrelvir, PF-07321332. 2ª molécula: ritonavir.

Fórmulas químicas:
Fórmula de nirmatrelvir (PF-07321332): C23H32F3N5O4
Fórmula de ritonavir: C37H48N6O5S2

Efeitos:
Antivíricos como Paxlovid™ funcionam diminuindo a capacidade de replicação de um vírus, reduzindo assim a doença. 
Nirmatrelvir 
Em detalhe, o nirmatrelvir (PF-07321332) foi projetado para bloquear a atividade da protease SARS-CoV-2-3CL, uma enzima que o coronavírus (SARS-CoV-2) precisa replicar. O nirmatrelvir inibe a replicação viral em um estágio conhecido como proteólise, que ocorre antes da replicação viral do RNA. Na célula humana, o RNA viral sintetiza proteínas grandes ou longas chamadas polipéptidos. Estes polipéptidos devem ser decompostos em pequenas unidades para formar novos vírus. Uma enzima chamada protease é responsável pelo corte destes polipéptidos longos. Inibidores de protease como PF-07321332 ligam-se à protease para prevenir (inibir) sua ação.
Em estudos pré-clínicos, a PF-07321332 (nirmatrelvir) não mostrou interações mutagênicas com o DNA, como explicado no comunicado de imprensa da Pfizer emitido na sexta-feira, 5 de novembro de 2021.
Ritonavir
A co-administração de uma dose baixa de ritonavir ajuda a desacelerar o metabolismo, ou quebra do nirmatrelvir para que ele permaneça ativo no organismo por períodos mais longos em concentrações mais elevadas para ajudar a combater o vírus. O ritonavir é geralmente usado contra o vírus da AIDS (HIV).

Indicações:
Covid-19 (pós-exposição, quando os sintomas já tiverem ocorrido). Nos Estados Unidos, o medicamento é indicado para pessoas com 12 anos de idade ou mais e peso igual ou superior a 40 kg que estão em alto risco de progressão para doenças graves, inclusive hospitalização ou morte 2.
Estudo clínico:
Paxlovid™ reduz o risco de hospitalização ou morte em 88% em comparação com placebo em adultos não hospitalizados de alto risco com Covid-19, com base nos primeiros resultados de ensaios clínicos3 . Na população geral do estudo até o 28º dia, não foram relatadas mortes em pacientes que receberam Paxlovid™, em comparação com 10 mortes em pacientes que receberam placebo. Estes resultados iniciais da Pfizer são baseados em ensaios clínicos com pouco mais de 1.200 adultos, que contraíram Covid-19 e estavam em risco de desenvolver um caso grave da doença. Em poucos dias após o início dos sintomas, alguns receberam a pílula Pfizer, e outros um placebo4.
Outros ensaios clínicos em andamento:
Dois outros ensaios clínicos estão sendo conduzidos atualmente pela empresa. A primeira é avaliar a eficácia da pílula em uma população sem risco aumentado de desenvolver um caso grave da doença. A segunda é testar a capacidade do tratamento de reduzir o risco de infecção na comunidade de uma pessoa que tenha contraído a doença como medida preventiva. Mais informações sobre os ensaios clínicos para este medicamento: clinicaltrials.gov (site oficial do governo dos EUA)

Efeitos colaterais:
De acordo com a EMA (Agência Européia de Medicamentos), os efeitos colaterais mais frequentemente relatados durante o tratamento e até 34 dias após a última dose de Paxlovid™ foram disgeusia (distúrbio gustativo), diarréia e vômitos. Outros efeitos colaterais comuns foram pressão alta e dores musculares5, bem como tonturas, problemas de fígado ou pâncreas, vertigem ou erupção cutânea 6.
Na primeira análise dos resultados dos testes clínicos, o medicamento parecia geralmente seguro e bem tolerado7.
No estudo clínico, cerca de 20% dos que receberam a droga e cerca de 20% dos que receberam o placebo reclamaram de efeitos colaterais 8. O jornal canadense La Presse noticiou em 26 de dezembro de 2021 que menos de 2% dos participantes dos estudos do medicamento tiveram que interromper o tratamento devido a sérios efeitos colaterais (veja lista acima, como problemas hepáticos ou de pâncreas, diarréia, etc.).
Queira ler a bula do medicamento.

Contra-indicações:
– Hipersensibilidade (alergia)
– Associação com substâncias ativas cuja eliminação é altamente dependente do CYP3A4 (um citocromo) e se concentrações elevadas levam a efeitos colaterais perigosos ou que ameaçam a vida.
– Associação com fortes indutores de CYP3A4 que resultam na perda da eficácia do nirmatrelvir ou ritonavir.
– Grávidas ou potencialmente grávidas 9.
– Queira ler o folheto informativo.

Interações (interações Paxlovid):
O ritonavir é um inibidor do citocromo CYP3A e pode causar interações medicamentosas, algumas das quais podem ser sérias ou fatais. Nirmatrelvir e ritonavir são substratos do CYP3A. O medicamento tem um alto potencial de interação. Interações potencialmente muito sérias podem ocorrer com todas as drogas metabolizadas pelo CYP3A, como a simvastatin, uma estatina comumente usada 10. A simvastatina pode acumular-se de maneira tóxica no corpo, pois já não é eliminado adequadamente pelo CYP3A (CYP3A4, para ser mais preciso). A FDA lista em seu website drogas (moléculas) que não devem ser tomadas ao mesmo tempo que Paxlovid™. Outras moléculas ou drogas com sério risco de interações incluem (mas não estão limitadas a) certos neurolépticos, analgésicos e a erva de São João.
Queira ler a bula do medicamento.

Dosagem:
A dosagem no estudo clínico para aqueles que receberam o tratamento (não placebo) foi uma dose duas vezes ao dia de Paxlovid™ (PF-07321332 e ritonavir de baixa dose) por 5 dias.
Se autorizado ou aprovado, Paxlovid™ será administrado a uma dose de 300 mg (dois comprimidos de 150 mg) de nirmatrelvir com um comprimido de 100 mg de ritonavir, administrado duas vezes ao dia durante cinco dias. Uma caixa contém cinco embalagens blisteres de Paxlovid™, como comprimidos de nirmatrelvir co-embalados com ritonavir, fornecendo todas as doses necessárias para um curso de tratamento completo de cinco dias 11.

Forma galênica:
Tabuletas revestidas de filme.

Registro de drogas:
EUA
Em 22 de dezembro de 2021, foi relatado que Paxlovid™ tinha sido aprovado pela FDA nos Estados Unidos para pessoas com 12 anos ou mais.
União Européia (UE)
Em 16 de dezembro de 2021, a Agência Européia de Medicamentos (EMA) disse ter aprovado Paxlovid™ para uso emergencial na UE, embora ainda não tenha recebido a autorização de comercialização completa.
Outros países
Vários outros países registraram Paxlovid™, como Israel ou o Reino Unido (31 de dezembro de 2021). O Canadá registrou a droga em 17 de janeiro de 2022, de acordo com a mídia de referência La Presse. O México também registrou a droga em meados de janeiro de 2022.

Observações:
– O tratamento da Pfizer, Paxlovid™, não foi redirecionado de outro medicamento, mas desenvolvido especificamente contra o SARS-CoV-2. Pfizer já havia desenvolvido este medicamento em 2002, durante a epidemia de SARS-CoV-1 (ou simplesmente SARS-CoV).
– Com base em estudos clínicos disponíveis (divulgados por comunicados de imprensa) no início de novembro de 2021, Paxlovid™ tem resultados superiores tanto contra o risco de hospitalização quanto de morte em pacientes Covid-19 do que o molnupiravir, outro antiviral oral (cápsula)12.
– A Pfizer planeja produzir 120 milhões de doses do medicamento até o final de 2022.
Enorme volume de negócios:
De acordo com os analistas do JPMorgan Chase & Co., citados pelo WSJ em 22 de dezembro de 2021, o Paxlovid™ poderia levar a US$18 bilhões em vendas durante 2022. Outros meios de comunicação, como o New York Times, chegam a falar de um volume de negócios de mais de 30 bilhões de dólares em 2022. Estamos falando de um mega blockbuster no jargão da indústria farmacêutica.
Alternativas (inibidores de protease):
O camostat é uma molécula que também é um inibidor de protease contra o SARS-CoV-2. Camostat é aprovado no Japão em forma de comprimidos (Foipan®)13. Em detalhes, o camostato é um inibidor da protease serina. O Camostat é usado, entre outras coisas, para inflamação do pâncreas e esofagite de refluxo pós-operatória. Não é claramente indicado (on-label) para o Covid-19, mas sim off-label.

Sede da Pfizer em Nova York (foto crédito: Xavier Gruffat, Criasaude.com.br – Creapharma.ch)

Fontes & Referências: 
The Wall Street Journal, Pfizer press release, AFP, Pharmawiki.ch, Keystone-ATS, Reuters, Folha de S.Paulo.

Escrito por: 
Xavier Gruffat (Farmacêutico)

Última atualização: 
21.01.2022

Créditos das fotos:
Fotolia.com/Adobe Stock, Creapharma.ch

Bula de Aires®, de Momenta Farmacêutica Ltda.®

Bula para paciente
Data de publicação (Anvisa): 03.12.2020

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Aires®

acetilcisteína

APRESENTAÇÕES

Granulado 600 mg/5 g de acetilcisteína: embalagens com 16 envelopes.

USO ORAL USO ADULTO

COMPOSIÇÃO:

Cada envelope contém:

acetilcisteína……………………….. 600 mg

excipientes* q.s.p………………………. 5 g

* Excipientes: sacarina sódica, aroma de laranja, corante amarelo crepúsculo, dióxido de silício e frutose.

Conteúdo de frutose e sacarina sódica por apresentação:

INFORMAÇÕES AO PACIENTE

1. PARA QUÊ ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?

Este é um medicamento expectorante indicado quando se tem dificuldade para expectorar e há muita secreção densa e viscosa, tais como bronquite aguda, bronquite crônica e suas exacerbações (piora do quadro clínico e complicações), enfisema pulmonar (doença crônica caracterizada pelo comprometimento dos pulmões), pneumonia (inflamação nos pulmões e brônquios), colapso/atelectasias pulmonares (fechamento dos brônquios) e mucoviscidose (doença hereditária que produz muco espesso, também conhecida por fibrose cística). Também é indicado para intoxicação acidental ou voluntária por paracetamol.

2.   COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?

Aires® (acetilcisteína) é um medicamento expectorante que ajuda a eliminar as secreções produzidas nos pulmões, facilitando a respiração.

Aires® (acetilcisteína) modifica as características da secreção respiratória (muco) reduzindo sua consistência e elasticidade, tornando-a mais fluida ou mais liquefeita, o que facilita a sua eliminação das vias respiratórias. Aires® (acetilcisteína) funciona ainda como antídoto de danos hepáticos provocados pelo paracetamol, regenerando os estoques de uma substância vital para a função normal do fígado (a glutationa). Aires® (acetilcisteína) é rapidamente absorvido no trato gastrintestinal. O início de sua ação ocorre dentro de uma hora após sua administração, quando alcança concentrações máximas nas secreções brônquicas.

3.   QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

Aires® (acetilcisteína) é contraindicado para pacientes alérgicos a acetilcisteína e/ou demais componentes de sua formulação.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião dentista.

Este medicamento é contraindicado para crianças menores de 2 anos.

Não há contraindicações para o tratamento de overdose de paracetamol com acetilcisteína.

4.   O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

A presença de odor sulfúreo (enxofre) não indica alteração no medicamento, pois é característico do princípio ativo contido no mesmo.

É recomendada precaução quando utilizado por pacientes com úlcera péptica ou histórico de úlcera, especialmente no caso de administração concomitante a outros medicamentos com conhecido efeito irritativo à mucosa gástrica.

A administração da acetilcisteína, principalmente no início do tratamento, pode fluidificar a secreção brônquica e aumentar seu volume. Se efetivamente o paciente não conseguir expectorar, deve ser realizada a drenagem postural, aspiração brônquica e/ou outras medidas para drenagem de secreção.

Uso em idosos

Devem-se seguir as orientações gerais descritas para o medicamento, salvo em situações especiais.

Uso pediátrico

Agentes mucolíticos podem induzir obstrução respiratória em crianças abaixo de 2 anos. Devido às características fisiológicas das vias aéreas nessa faixa etária, a habilidade de expectorar pode ser limitada. Portanto agentes mucolíticos não devem ser utilizados em crianças com menos de 2 anos de idade.

Este medicamento é contraindicado para crianças menores de 2 anos.

Pacientes portadores de asma brônquica devem ser rigorosamente monitorados durante o tratamento; se ocorrer broncoespasmo (contração dos brônquios causando dificuldade para respirar ou chiado no peito), suspender a acetilcisteína imediatamente e iniciar tratamento adequado.

Acetilcisteína pode afetar moderadamente o metabolismo da histamina, portanto deve-se ter cautela ao administrar o produto para tratamento ao longo prazo em pacientes com intolerância à histamina, uma vez que sintomas de intolerância podem ocorrer (dor de cabeça, rinite vasomotora e prurido).

O paciente que utiliza Aires® (acetilcisteína) pode dirigir e operar máquinas, pois o medicamento não diminui a atenção e o estado de vigília do paciente.

Gravidez e lactação

Há escassez de dados clínicos sobre mulheres expostas à acetilcisteína durante a gravidez. Estudos com animais não sugerem nenhum efeito nocivo, direto ou indireto, na toxicidade reprodutiva. Como medida de precaução é preferível evitar o uso de Aires® (acetilcisteína) na gravidez.

Não há informações disponíveis sobre o efeito da acetilcisteína na fertilidade humana. Estudos em animais não indicaram efeitos nocivos com relação à fertilidade humana nas dosagens recomendadas.

Não há informações disponíveis sobre a excreção de acetilcisteína e seus metabólitos pelo leite materno. O produto só deve ser usado durante a gravidez e lactação depois de cuidadosa avaliação de risco-benefício.

O risco para criança amamentada não poder ser excluído.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião dentista.

Atenção pacientes sob dietas restritivas de sódio: contém sódio. Aires® (acetilcisteína) em todas as apresentações de uso oral adulto e pediátrico contém sódio.

Aires® (acetilcisteína) granulado 600 mg: contém frutose e não deve ser utilizado em pacientes com intolerância hereditária à frutose. Esta apresentação deve ser utilizada com cautela por pacientes diabéticos.

Interações medicamentosas

Os estudos de interação foram realizados apenas em adultos.

Aires® (acetilcisteína) não deve ser administrado concomitantemente com fármacos antitussígenos, pois a redução do reflexo tussígeno pode levar ao acúmulo de secreções brônquicas.

O uso de carvão ativado pode reduzir o efeito de Aires® (acetilcisteína).

Dissolução de formulações de acetilcisteína com outros medicamentos não é recomendada.

Relatos de inativação de antibióticos com acetilcisteína foram encontrados apenas em estudos “in vitro” onde as substâncias foram misturadas diretamente. Portanto quando o tratamento com antibiótico oral for necessário, é recomendado o uso de acetilcisteína oral 2 horas antes ou depois da administração do antibiótico.

A administração concomitante de nitroglicerina e acetilcisteína causam hipotensão significante e aumento da dilatação da artéria temporal. Se houver necessidade de tratamento concomitante com nitroglicerina e acetilcisteína, os pacientes devem ser monitorados, pois pode ocorrer hipotensão, inclusive grave, devendo-se ter atenção para a possibilidade de cefaleias (dor de cabeça).

Avise seu médico ou farmacêutico se você usar medicamentos à base de nitrato em conjunto com o uso de Aires® (acetilcisteína).

O uso concomitante de acetilcisteína e carbamazepina podem resultar em níveis subterapêuticos de carbamazepina.

Alterações de exames laboratoriais

A acetilcisteína pode interferir no método de ensaio colorimétrico de mensuração do salicilato e interferir também no teste de cetona na urina.

Interações com alimentos

Até o momento não foi relatada interação entre a acetilcisteína e alimentos. Não há nenhuma indicação sobre a administração do produto antes ou após as refeições.

Informe ao seu médico ou cirurgião dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

5.   ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?

Conservar em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30º C), proteger da luz e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aires® (acetilcisteína) granulado 600 mg: apresentam-se sob a forma de granulado em sachê de coloração rosada a alaranjada em sachê de alumínio.

Características do Granulado após reconstituição do medicamento: líquido de coloração alaranjada com aspecto homogêneo, moderadamente turvo e isento de partículas estranhas.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

6.   COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

Aires® (acetilcisteína) é um medicamento que não necessita de prescrição médica obrigatória. Leia as informações da bula antes de utilizá-lo e, se persistirem os sintomas ao fazer uso deste medicamento, suspenda o uso e procure orientação médica.

Aires® (acetilcisteína) deve ser administrado somente por via oral.

Aires® (acetilcisteína) deve ser dissolvido com o auxílio de uma colher, em meio copo d’água em temperatura ambiente e ingerido em seguida. Não se deve guardar a solução.

Dosagem

Adultos: Aires® (acetilcisteína) granulados 600 mg ao dia, deve ser tomado 1 vez ao dia, de preferência à noite. A duração do tratamento é de 5 a 10 dias, não desaparecendo os sintomas procure um médico.

– Intoxicação acidental ou voluntária por paracetamol

Por via oral, dose inicial de 140 mg/kg de peso corpóreo o mais rápido possível, dentro de 10 horas da ingestão do agente tóxico, seguidas de doses únicas de 70 mg/kg de peso corpóreo a cada 4 horas, por 1-3 dias.

Siga corretamente o modo de usar. Em caso de dúvidas sobre este medicamento, procure orientação do farmacêutico. Não desaparecendo os sintomas, procure orientação de seu médico ou cirurgião dentista.

7.   O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

Caso você esqueça de tomar uma dose, deve tomá-la o quanto antes e tomar a dose seguinte como de costume, isto é, na hora regular e sem dobrar a dose.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

8.   QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?

Os eventos adversos mais frequentemente associados com a administração oral de acetilcisteína são gastrointestinais. Reações de hipersensibilidade incluindo choque anafilático, reação anafilática/anafilactóide, broncoespasmo, angioedema, rash e prurido tem sido reportado com menor frequência.

Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): hipersensibilidade, cefaleia (dor de cabeça), zumbido nos ouvidos, taquicardia, vômito, diarreia, estomatite, dor abdominal, náusea, urticária, rash, angioedema (alergia), prurido (coceira), febre e pressão arterial baixa.

Reações raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): broncoespasmo (chiado no peito), dispneia (falta de ar) e dispepsia (indigestão).

Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): choque anafilático, reação anafilática/anafilactóide e hemorragia.

Reação com frequência desconhecida: edema (inchaço) de face.

Em casos raríssimos houve relato de reações severas da pele, como síndrome de Stevens-Johnson e síndrome de Lyell, com relação temporal com a administração da acetilcisteína. Na maioria dos casos havia envolvimento provável de pelo menos uma droga co-suspeita na provocação da síndrome muco-cutânea relatada. Por isso, é preciso consultar o médico assim que ocorrer alguma nova alteração na pele ou em membranas mucosas, a acetilcisteína deve ser interrompida imediatamente.

Também já foi descrita redução da agregação plaquetária com o uso da acetilcisteína. O significado clínico desta alteração ainda não está estabelecido.

Se for observada qualquer outra reação não descrita nesta bula, informe seu médico.

Informe ao seu médico, cirurgião dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

9.   O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?

Até o momento não houve relato de nenhum caso de superdosagem para formas farmacêuticas orais de acetilcisteína. Voluntários saudáveis receberam 11,2 g de acetilcisteína diariamente por três meses sem ocorrência de qualquer evento adverso sério. Doses acima de 500 mg de acetilcisteína/kg de peso foram bem toleradas sem nenhum sintoma de envenenamento.

A superdosagem pode levar a sintomas gastrintestinais como náusea, vômito e diarreia. Não há antídoto específico para a acetilcisteína e o tratamento é sintomático.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

DIZERES LEGAIS

M.S.: 1.9427.0085

Farm. Resp.: Dra. Camila Aleixo de Lima Cardoso Ditura – CRF-SP 43.514 Fabricado por:

Eurofarma Laboratórios S.A.

Rod. Pres. Castello Branco, km 35,6 – Itapevi – SP

Registrado por:

MOMENTA FARMACÊUTICA LTDA

Rua Enéas Luis Carlos Barbanti, 216 – São Paulo – SP CNPJ: 14.806.008/0001-54

Indústria Brasileira

Central de Relacionamento 0800-703-1550

[email protected] www.momentafarma.com.br

Siga corretamente o modo de usar, não desaparecendo os sintomas procure orientação médica Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela ANVISA em 09/07/2020.

O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do farmacêutico: Xavier Gruffat (Criasaude.com.br).

Bula de Modèle®

Bula para paciente
Data de publicação (Anvisa): 15.07.2021

O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do farmacêutico: Xavier Gruffat (Criasaude.com.br).

Moléculas

Lista de moléculas comumente usadas no Brasil.

Glossário:
G: Genéricos
S: Similares (de acordo com esta lista em PDF da Anvisa atualizada em 11 de maio de 2021 (última versão de acordo com nossas informações)
BR: lista de medicamentos disponíveis no Brasil, para ver a lista clique no link da molécula (então na seção Medicamentos no Brasil da molécula)

A
Acetilcisteína – G/S – BR

C
Citalopram – G/S – BR

E
Escitalopram – G/S – BR

F
FluvoxaminaG – BR
Furosemida – G/S – BR

M
Molnupiravir (em novembro de 2021, a droga não estava disponível no Brasil, apenas no Reino Unido e na U.E.).

P
Paxlovid™ (em novembro de 2021, a droga não estava disponível no Brasil)

T
Terbinafina – G/S – BR

Página atualizada pela última vez:
21.01.2022 (por XG)